AGRONEGÓCIO

Petróleo brasileiro tem retração nas exportações no 1º semestre, mas deve ganhar fôlego nos próximos meses

Publicado em

Exportações recuam 3,6% no primeiro semestre

As exportações de petróleo do Brasil atingiram uma média de 1,85 milhão de barris por dia (mbpd) no primeiro semestre de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Esse resultado representa o segundo melhor desempenho da série histórica, ficando apenas 3,6% abaixo do volume registrado no mesmo período do ano passado.

De acordo com relatório da StoneX, empresa global de serviços financeiros, essa queda foi causada por uma redução no excedente exportável, sem que houvesse recuo na produção nacional ou aumento da demanda total. O que ocorreu, segundo o analista de Inteligência de Mercado Bruno Cordeiro Santos, foi uma maior utilização do petróleo nacional pelas refinarias brasileiras, com redução da fatia ocupada por petróleo importado.

Consumo doméstico de petróleo avança

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o consumo de petróleo pelas refinarias brasileiras cresceu 2,8%, alcançando 1,73 mbpd no primeiro semestre de 2025. Ao mesmo tempo, o consumo de petróleo importado caiu 25%, chegando a 0,19 mbpd no período.

Leia Também:  Produtor deve ter atenção sobre incidência tributária na sucessão de Holdings
Expectativa de aumento nas exportações no segundo semestre

A StoneX projeta uma retomada das exportações brasileiras de petróleo ao longo do segundo semestre deste ano. O principal fator será o aumento na produção da commodity, que deve equilibrar a maior demanda interna pelo petróleo nacional.

Apesar do cenário positivo, a ampliação das tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros pode impactar os fluxos comerciais da commodity. Ainda assim, segundo Cordeiro, o Brasil não deve encontrar grandes dificuldades para redirecionar suas vendas para outros mercados, especialmente asiáticos, onde China e Índia vêm aumentando as compras devido à atratividade dos preços internacionais.

Receita com exportações caiu 10,1%

Enquanto o volume exportado caiu 3,6%, as receitas tiveram queda de 10,1%, passando de US$ 24,2 bilhões no primeiro semestre de 2024 para US$ 21,75 bilhões em 2025, segundo o MDIC. O recuo foi influenciado tanto pela redução no volume quanto pela baixa nas cotações internacionais do petróleo, o que afetou os preços de venda.

Ainda assim, o petróleo manteve-se como a segunda principal commodity exportada pelo Brasil, atrás apenas da soja, reforçando sua importância para a balança comercial do país.

Leia Também:  Oferta restrita e demanda aquecida mantêm preços da mandioca estáveis
China lidera como principal destino do petróleo brasileiro

A China segue como o principal destino das exportações brasileiras de petróleo, com 42,6% de participação no total vendido. A Ásia como um todo respondeu por 56,2% do volume exportado no primeiro semestre de 2025.

Em segundo lugar aparecem os Estados Unidos, com 11,3% de participação, abaixo dos 14,1% registrados em 2024. Os embarques para o país caíram 22,7%, reflexo do crescimento da produção local de petróleo de xisto e da ampliação da oferta de outros exportadores.

Europa amplia participação nas compras brasileiras

A União Europeia aumentou sua fatia nas exportações de petróleo do Brasil, passando de 22% em 2024 para 24,9% em 2025. Esse movimento ocorre desde 2022, em decorrência da queda nas importações de petróleo russo devido aos conflitos no Leste Europeu, o que abriu espaço para o Brasil expandir sua presença no bloco econômico.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Enraizamento precoce é estratégia essencial para lavouras mais resilientes

Published

on

O desenvolvimento do sistema radicular é um dos principais fatores que influenciam a produtividade agrícola. Plantas com raízes superficiais têm menor capacidade de absorver água e nutrientes, tornando-se mais vulneráveis a estresses bióticos e abióticos, como pragas, doenças e condições climáticas adversas.

Segundo estudo da Embrapa Agrossilvipastoril (2021), cultivos com raízes profundas e ramificadas podem aumentar em até 30% a eficiência no uso da água, um diferencial crucial em períodos de déficit hídrico.

Estratégias para estimular enraizamento desde o início

Práticas que promovem germinação uniforme, bom estande de plantas e desenvolvimento radicular desde a fase inicial são cada vez mais recomendadas para tornar os cultivos mais resistentes às variações climáticas e ao ataque de pragas.

Para apoiar esse processo, a Allterra, empresa do portfólio do fundo gerido pelo Patria, lançou o Bioativador Blade. O produto atua no estabelecimento inicial das plantas — desde a germinação até a formação de plântulas —, promovendo raízes fortes e profundas, capazes de melhorar a adaptabilidade a intempéries de origem biótica e abiótica.

Leia Também:  Desaceleração nas negociações e demanda do mercado de feijão pós-carnaval

O Bioativador Blade pode ser aplicado via sulco de plantio ou linha de semeadura, na fase de implantação dos cultivos, contribuindo para o equilíbrio biológico do solo e a disponibilidade de nutrientes.

Raízes fortes: “seguro climático” para a lavoura

“Raízes mais vigorosas exploram um maior volume de solo, garantindo acesso ampliado a água e nutrientes e aumentando a estabilidade da planta em situações de estresse. Esse é um passo essencial para sistemas produtivos mais eficientes e sustentáveis”, afirma Walmor Roim, gerente de marketing da Allterra.

Em um contexto de instabilidade climática, com chuvas irregulares e secas prolongadas, o desenvolvimento radicular deixa de ser apenas um diferencial agronômico e se torna uma necessidade estratégica. Raízes bem estruturadas funcionam como um verdadeiro seguro climático, mantendo a atividade da planta mesmo em períodos de estiagem e preservando o potencial produtivo da lavoura.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

CUIABÁ

MATO GROSSO

POLÍCIA

FAMOSOS

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA