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Inscrições para o Workshop de sustentabilidade da Justiça Federal vão até 30 de maio

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Estão abertas as inscrições para a segunda edição do Workshop de sustentabilidade da Justiça Federal, que acontecerá no dia 31 de maio, a partir das 9h20, na modalidade webconferência. Os interessados têm até 30 de maio para se cadastrar, por meio do formulário eletrônico disponível no Portal do Conselho da Justiça Federal (CJF).
 
O objetivo do encontro é reunir magistradas e magistrados, servidoras e servidores de todo o país para ratificar a Política de Sustentabilidade da Justiça Federal por meio de discussões técnico-teóricas e apresentações de boas práticas. A edição deste ano terá carga horária de seis horas e será composta por sete seminários e três oficinas temáticas simultâneas.
As inscritas e os inscritos poderão participar ativamente e desenvolver conhecimentos, reflexões e resolução de problemas. Entre os temas a serem discutidos estão o futuro da sustentabilidade na administração pública, as ações afirmativas de sustentabilidade na Justiça Federal, e a adoção de novas fontes de energias e tecnologias sustentáveis.
 
O workshop é coordenado pela Secretaria de Estratégia e Governança do Conselho da Justiça Federal (SEG/CJF), com apoio do Centro de Estudos Judiciários (CEJ).
 
Programação
 
A abertura do workshop acontecerá no dia 31 de maio, às 9h20, com a presença da presidente do CJF, ministra Maria Thereza de Assis Moura. A seguir, os seminários tratarão dos seguintes temas:
1. O futuro da sustentabilidade socioambiental na Administração Pública: desafios e oportunidades diante da crise climática.
2. Agindo agora para salvar o planeta: a emergência climática e a necessidade de um plano de compensação ambiental na Justiça Federal.
3. Transformando a Justiça Federal através da sustentabilidade social: a importância das ações afirmativas para um futuro mais justo e igualitário.
4. Um futuro sustentável: como as contratações públicas podem promover a sustentabilidade.
5. A adoção de novas fontes de energia para a promoção da sustentabilidade e da eficiência energética.
6. O poder da centralização: como a central de compras centralizadas podem corroborar para a eficiência, a inovação e a economia na Justiça Federal.
7. O uso de novas tecnologias para impulsionar a justiça social e as ações afirmativas na Justiça Federal.
A partir das 15h, serão oferecidas três oficinas com as temáticas: “Energia limpa e renovável: como a Justiça Federal pode liderar a mudança rumo a um futuro sustentável”; “Transformando a Justiça Federal através da central de compras: inovação, eficiência e economia”; e “Inclusão e diversidade: como as ações afirmativas podem promover a sustentabilidade social”.
 
A programação completa e mais informações sobre o workshop estão disponíveis na página do evento no Portal do CJF.
 
Com informações do STJ
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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Sistema de Justiça Criminal de MT debate câmeras corporais e vigilância

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O 6º Encontro do Sistema de Justiça Criminal de Mato Grosso, realizado na manhã de quinta-feira (29 de outubro), em Cuiabá, trouxe para o centro do debate um dos temas mais sensíveis e atuais da segurança pública e do direito: a implementação e o uso de tecnologias de vigilância, como as câmeras corporais (bodycams) e o reconhecimento facial. O encontro debateu a busca por maior segurança e transparência com a preservação dos direitos e garantias fundamentais.

Presidido pelo ministro Teodoro Silva Santos (STJ), o debate contou com a participação, como palestrante, do defensor público Fernando Rodolfo Mercês Moris (DP/SP), e como debatedores do promotor de Justiça Renee do Ó Souza (MPMT), do juiz de Direito Leonardo Issa Halah (TJSP) e do advogado Vinicius Segatto Jorge da Cunha (OAB/MT).

O tema central do painel foi o dilema entre a eficácia na prevenção e investigação de crimes por meio da tecnologia e a preservação dos direitos fundamentais, como a liberdade, a intimidade e a não discriminação. A discussão aprofundou-se na seguinte questão: se a adoção dessas tecnologias representa um dever do Estado de garantir a segurança pública e fiscalizar a atuação policial, ou se deve ser encarada primariamente como um direito social à transparência, à proteção de dados e à não violência.

O defensor público Fernando Moris abordou as complexidades das implicações do uso dessas tecnologias, especialmente no que tange aos direitos à privacidade, à proteção de dados e à forma como a tecnologia estabelece um novo status para a segurança pública. Segundo ele, as câmeras corporais retratam a dinâmica anímica dos fatos, e o reconhecimento facial por algoritmos levanta o questionamento sobre o papel da tecnologia como dado jurídico ou como substituto da testemunha presencial.

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O promotor de Justiça Renee do Ó Souza apresentou estudos e decisões que demonstram o impacto da tecnologia na atuação policial, destacando o chamado “efeito de resfriamento” observado em São Paulo, onde houve diminuição significativa de excessos na atuação dos agentes após a adoção das câmeras corporais. O promotor também alertou para a exposição de agentes públicos e de investigações técnicas, aspectos que, segundo ele, são frequentemente negligenciados.

O juiz Leonardo Issa Halah trouxe à discussão decisões relevantes, como o HC 598.051 do STJ, que estabeleceu parâmetros rigorosos para o ingresso policial em domicílios, e o RE 1.342.077 do STF, que relativizou a exigência de gravação audiovisual. Para o magistrado, é inadmissível que, em pleno ano de 2025, com tecnologia acessível ao Estado, não se utilize câmeras corporais como instrumento mínimo de auditabilidade e verificabilidade das diligências policiais.

O advogado Vinícius Segatto Jorge da Cunha destacou a importância da criação de novas formas de aferição da justiça e apontou a redução da letalidade como argumento suficiente para a adoção das câmeras corporais. Segundo ele, esse mecanismo também contribui para a preservação da cadeia de custódia e evita condenações baseadas exclusivamente em provas testemunhais.

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O ministro Teodoro Silva Santos parabenizou o debate e reforçou que o tema está em constante evolução, exigindo um marco regulatório sólido que garanta que o avanço tecnológico na segurança pública não resulte em retrocessos nos direitos individuais, e que não há respostas fáceis para a tensão entre o dever estatal de garantir segurança e o direito social à privacidade, sendo essa uma das principais tensões democráticas do século XXI. “A relação entre os direitos fundamentais e a segurança pública deve ser analisada sob a perspectiva da harmonização e da preponderância dos valores constitucionais, sempre em prol das garantias fundamentais”, defendeu o ministro.

O consenso estabelecido foi de que a tecnologia é uma ferramenta cujo uso deve estar sempre submetido aos princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade e, acima de tudo, ao respeito à dignidade da pessoa humana.

Autor: Júlia Munhoz

Fotografo: Josi Dias

Departamento: MPMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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