AGRONEGÓCIO

Uso de bioinsumos alcança 31% da área cultivada no brasil e tende a crescer ainda mais

Publicado em

A adoção de bioinsumos na agricultura brasileira atingiu um marco significativo, com 31% da área cultivada já utilizando essas soluções biológicas. Segundo um estudo da Kynetec, empresa especializada em análises e insights agrícolas, 60% das propriedades rurais no Brasil empregam algum tipo de biológico, com destaque para os mitigadores de estresse hídrico, que funcionam como uma espécie de seguro contra períodos secos.

Os bioinsumos têm uma trajetória que remonta à década de 1970, mas foi nos últimos três anos que o setor experimentou um verdadeiro “boom”. Especialistas preveem duas grandes ondas de crescimento nos próximos anos: uma para bioherbicidas e outra para biofungicidas contra a ferrugem asiática, uma ameaça comum no cultivo de soja.

Brasil como Referência em Bioinsumos

O Brasil, embora ainda seja um dos maiores importadores de defensivos e fertilizantes químicos, está rapidamente se tornando líder global na produção e adoção de bioinsumos. Há expectativas de que o país possa se tornar, ainda nesta década, o maior usuário de produtos biológicos em escala mundial.

Leia Também:  Exporta Mais Brasil: Exportação de Mel e Própolis Movimenta R$ 7,7 Milhões para Ásia e Europa

Wladimir Chaga, presidente da BRANDT Brasil, uma empresa de inovação tecnológica em fisiologia, nutrição vegetal e tecnologia de aplicação, destacou que os agricultores estão cada vez mais interessados em soluções biológicas, ao mesmo tempo em que há um desenvolvimento constante de novas tecnologias. Ele acrescenta que “o crescimento anual do mercado de biológicos é de 40% a 50%, com projeções de movimentar até R$ 17 bilhões por ano até 2030”.

Potencial de Crescimento e Cuidados

Eduardo Ivan, gerente de produtos da BRANDT Brasil, ressalta que a aceitação dos bioinsumos entre os agricultores tem aumentado ano após ano, resultando em uma maior taxa de adoção das tecnologias. Ele cita exemplos como a cultura da soja, onde o uso de inoculantes biológicos já atinge 85% de adoção, e o uso de bionematicidas, que foram adotados por 26% dos produtores na safra 2023/24.

Apesar desse crescimento, Chaga alerta para um desafio significativo no setor: a presença de empresas que vendem bioinsumos de baixa qualidade ou sem registro nos órgãos competentes. Isso pode prejudicar a reputação do setor e afetar negativamente as empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento. Chaga enfatiza a importância de um acompanhamento técnico adequado, especialmente no pós-venda, para garantir o uso eficaz e seguro dos produtos biológicos.

Leia Também:  Alta do dólar impulsiona resultados do agronegócio no quarto trimestre

Os bioinsumos estão ganhando destaque em diversas culturas, como o milho, onde podem atuar na saúde do solo, com bactérias fixadoras de nitrogênio, solubilizadores de nutrientes e fungos micorriza, além de melhorar a resistência a estresses abióticos. Com isso, a expectativa é de maior rentabilidade e sustentabilidade para as próximas safras, beneficiando os agricultores brasileiros.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Exportações de café ultrapassam US$ 1,28 bilhão em outubro, com alta no preço médio e queda no volume embarcado

Published

on

Faturamento com café não torrado passa de US$ 1,28 bilhão em outubro

O faturamento total das exportações de café não torrado atingiu US$ 1,285 bilhão nos 18 dias úteis de outubro de 2025, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta terça-feira (28). No mesmo período do ano anterior, o total havia sido de US$ 1,307 bilhão, considerando 22 dias úteis.

Apesar da leve redução no volume total embarcado, o desempenho médio diário apresentou crescimento expressivo. Em outubro de 2025, a receita média por dia útil foi de US$ 71,394 milhões, avanço de 20,1% em relação à média de US$ 59,447 milhões registrada em outubro de 2024.

Volume exportado cai, mas valor do grão tem forte valorização

O volume total exportado de café não torrado na quarta semana de outubro/25 foi de 199,8 mil toneladas, contra 279,2 mil toneladas no mesmo mês do ano anterior. A média diária também apresentou retração de 12,5%, passando de 12,692 mil toneladas (out/24) para 11,100 mil toneladas (out/25).

Leia Também:  Começa hoje em Bebedouro, São Paulo, a Coopercitrus Expo 2024

Mesmo com a queda no volume, o preço médio do café não torrado teve alta de 37,3% em relação ao mesmo mês de 2024, passando de US$ 4.683,70 para US$ 6.431,90 por tonelada. O movimento reforça a valorização do produto brasileiro no mercado internacional, sustentada pela demanda aquecida e menor oferta global.

Café torrado e derivados também registram crescimento na receita

O desempenho positivo também foi observado nas exportações de café torrado, extratos, essências e concentrados. O volume embarcado nesses 18 dias úteis de outubro/25 somou 8,057 mil toneladas, ligeiramente abaixo das 8,681 mil toneladas embarcadas em outubro/24.

Apesar da leve queda no volume, a média diária avançou 13,4%, alcançando 447 toneladas por dia, contra 394 toneladas no mesmo período do ano anterior.

O faturamento total das exportações de café torrado e derivados chegou a US$ 99,909 milhões, superando os US$ 89,194 milhões de outubro/24. A receita média diária aumentou 36,9%, passando de US$ 4,054 milhões para US$ 5,550 milhões.

Já o preço médio de venda teve valorização de 20,7%, saltando de US$ 10.273,80 em outubro/24 para US$ 12.399,30 em outubro/25, refletindo a forte demanda internacional por cafés industrializados brasileiros, especialmente nos mercados da Europa e da Ásia.

Leia Também:  Biond Agro reduz novamente expectativa para safra de soja e milho

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

CUIABÁ

MATO GROSSO

POLÍCIA

FAMOSOS

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA