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Preço do enxofre dispara 90% nos portos brasileiros em 2025

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Enxofre acumula alta expressiva no ano

O preço do enxofre nos portos brasileiros apresentou um aumento de aproximadamente 90% desde janeiro de 2025, segundo dados do relatório semanal de fertilizantes da StoneX, empresa global de serviços financeiros. Apenas na última semana de setembro, a cotação subiu cerca de US$ 30, intensificando um movimento de valorização observado desde o fim de agosto.

De acordo com o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Tomás Pernías, o patamar atual não era registrado desde 2022, quando a guerra entre Rússia e Ucrânia provocou forte escalada nos preços globais dos fertilizantes.

Oferta limitada e forte procura sustentam altas

A combinação entre demanda internacional aquecida e oferta restrita explica a disparada. Países como China e Índia continuam absorvendo grandes volumes do insumo, enquanto a disponibilidade global segue limitada. “Esse cenário mantém os preços em níveis elevados e pode se estender nos próximos meses”, afirma Pernías.

Importações brasileiras em crescimento

O enxofre é insumo fundamental na produção de ácido sulfúrico e ácido fosfórico, componentes essenciais para fertilizantes fosfatados usados na agricultura. Entre janeiro e agosto de 2025, o Brasil importou 1,6 milhão de toneladas do produto, alta de 8% em relação ao mesmo período de 2024.

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Impactos nos custos de fertilizantes

O avanço no preço do enxofre, somado a outros insumos como a amônia, pressiona os custos de produção dos fertilizantes. Pernías explica que, embora nem sempre isso resulte em repasse imediato ao produtor rural, o cenário tende a reduzir margens de retorno, limitar a produção e aumentar a incerteza no mercado.

Segundo ele, os custos elevados também diminuem a disposição das empresas em reduzir preços. Assim, mesmo que a valorização do enxofre não signifique obrigatoriamente reajuste nos fertilizantes, a tendência não favorece importadores nem agricultores.

Perspectivas para a safra 2025/26

Na avaliação da StoneX, o setor enfrenta um cenário desafiador para a safra 2025/26. Importadores e agricultores devem lidar com custos de produção elevados, relações de troca pouco vantajosas e riscos adicionais, como possíveis tarifas e sanções sobre o mercado internacional de fertilizantes.

Evento para debater o mercado de fertilizantes

A StoneX promoverá o 8º Seminário StoneX, 100% online e gratuito, para aprofundar as discussões sobre o mercado de fertilizantes.

  • Data: 15 de outubro (quarta-feira)
  • Horário: das 8h30 às 12h30
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8º Seminário StoneX

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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AGRONEGÓCIO

Cuiabá tem previsão de déficit de R$ 364 milhões no orçamento para 2026

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A Prefeitura de Cuiabá projeta encerrar o ano de 2026 com um déficit fiscal orçamentário de R$ 364 milhões. O resultado, no entanto, não é fruto da atual administração, mas sim consequência de decisões equivocadas e práticas fiscais inadequadas adotadas pela gestão anterior, que comprometeram as finanças do município e continuarão impactando os próximos anos. Os dados constam na Lei Orçamentária Anual (LOA), encaminhada nesta terça-feira (30) à Câmara Municipal e debatida em duas audiências públicas realizadas em setembro.

Entre os principais exemplos dessa situação está o custeio da gratuidade do transporte coletivo. Em 2024, o orçamento aprovado reservava apenas R$ 100 milhões para subsidiar a Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (AMTU). Na prática, entretanto, o valor a ser pago até dezembro chega a R$ 210 milhões, mais que o dobro do previsto, em descumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A equipe econômica atual também encontrou, em janeiro deste ano, R$ 472,4 milhões de despesas pagas sem o devido empenho. Ou seja, foram assumidas dívidas com fornecedores sem a garantia de recursos reservados para quitá-las em 2025, um procedimento irregular que sobrecarrega as contas municipais.

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Conforme a LOA, a receita prevista para 2026, somando arrecadação própria e transferências constitucionais, é de R$ 5,3 bilhões. Já as despesas foram fixadas em R$ 5,6 bilhões, resultando no déficit projetado.

O quadro fiscal de Cuiabá já havia sido exposto pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que, em estudo divulgado em setembro, atribuiu nota zero ao município no IFGF Liquidez de 2024, indicando inexistência de caixa suficiente para cobrir compromissos básicos.

O levantamento da atual gestão mostra ainda que, entre 2017 e 2024, as despesas da Prefeitura cresceram 135%, enquanto a arrecadação avançou apenas 115%. Nesse período, foram acumulados déficits financeiros da ordem de R$ 518 milhões, um passivo que não apenas comprometeu o presente, mas que estenderá seus reflexos até 2026.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá – MT

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