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IPPA/Cepea registra alta de 18% nos preços pagos ao produtor agropecuário no 1º semestre de 2025

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Crescimento acima dos preços internacionais

Os preços pagos aos produtores agropecuários no Brasil tiveram forte alta no primeiro semestre de 2025, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. O Índice de Preços ao Produtor Agropecuário (IPPA/Cepea) subiu 18,4% em relação ao mesmo período de 2024, valor muito superior ao aumento de apenas 0,2% registrado para o índice internacional FMI Food & Beverage (em dólares).

Outros indicadores econômicos no período

No mesmo período, os preços industriais (IPA-OG-DI) cresceram 5,6%, enquanto a taxa de câmbio (R$/US$) valorizou-se 13,2%.

Desempenho dos grupos de produtos

O crescimento do IPPA/Cepea foi puxado pelas altas nos seguintes grupos:

  • Cana e café: aumento de 32,6%, impulsionado pelas expressivas valorizações do café no primeiro trimestre, devido a oferta limitada, estoques apertados e demanda internacional firme. A cana, por sua vez, teve estabilidade, com variação de 0,4%.
  • Pecuária: alta de 27,3%, com todos os produtos em alta — arroba bovina (+36%), suíno (+29,6%), leite (+16,6%), ovos (+16,5%) e frango (+15%).
  • Grãos: aumento de 8,9%, influenciado por algodão (+5,6%), milho (+27,7%), soja (+4,4%) e trigo (+13,7%). O arroz, porém, caiu 26,3% no semestre.
  • Hortifrutícolas: queda de 12,4%, puxada por batata (-51,3%), tomate (-20,5%), banana (-20,2%) e uva (-2,7%). A laranja permaneceu estável (+0,1%).
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Relação com preços internacionais

Pesquisadores do Cepea destacam que o IPPA/Cepea nominal apresenta forte correlação com o FMI Food & Beverage Index (em reais) ao longo de 2001 a 2025, refletindo a paridade entre preços pagos aos produtores brasileiros e os valores internacionais internalizados no mercado local.

Tendências recentes do índice

Após um início acelerado em 2025, o IPPA/Cepea perdeu ritmo no último trimestre, registrando queda de 2% entre o primeiro e o segundo trimestre. Paralelamente, o índice internacional FMI Food & Beverage (em reais) desacelerou desde o começo do ano, com queda de 7,6% no mesmo intervalo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Exportações de açúcar somam 3,4 milhões de toneladas e movimentam portos brasileiros

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O line-up de embarques de açúcar nos portos brasileiros indica que 86 navios aguardavam para carregar o produto até 22 de outubro, uma leve redução em relação aos 90 registrados na semana anterior, segundo levantamento da agência marítima Williams Brasil.

De acordo com o relatório, estão programadas exportações de 3,391 milhões de toneladas de açúcar, volume inferior ao da semana passada, quando haviam sido agendadas 3,727 milhões de toneladas.

Porto de Santos lidera movimentação de açúcar

O Porto de Santos (SP) concentra a maior parte dos embarques, com 2,11 milhões de toneladas. Em seguida, aparecem:

  • Paranaguá (PR): 778,2 mil toneladas
  • São Sebastião (SP): 196,6 mil toneladas
  • Maceió (AL): 178,8 mil toneladas
  • Recife (PE): 56,5 mil toneladas
  • Suape (PE): 54,5 mil toneladas
  • Imbituba (SC): 13,2 mil toneladas

O levantamento considera embarcações já ancoradas, em espera para atracação e com previsão de chegada até 2 de janeiro de 2026.

Tipos de açúcar exportados

A carga a ser embarcada é composta majoritariamente por açúcar VHP, com 3,05 milhões de toneladas. Também estão programadas exportações de açúcar Cristal B150 (187,9 mil toneladas), TBC (84 mil toneladas) e VHP ensacado (17 mil toneladas).

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Receita das exportações de açúcar em outubro

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a receita diária média das exportações brasileiras de açúcar e melaços em outubro alcança US$ 74,002 milhões, com 13 dias úteis contabilizados. O volume médio diário exportado é de 179,586 mil toneladas, totalizando 2,33 milhões de toneladas embarcadas no mês, com receita de US$ 962,3 milhões. O preço médio do produto está em US$ 412,20 por tonelada.

Comparativo com 2024 mostra alta no volume e queda nos preços

Na comparação com outubro de 2024, houve queda de 8,1% na receita diária média e redução de 13,3% no preço médio por tonelada, que era de US$ 475,20 no ano anterior. Em contrapartida, o volume médio diário exportado apresentou alta de 5,9%, frente às 169,5 mil toneladas embarcadas por dia no mesmo período de 2024.

Fonte: Portal do Agronegócio

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