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Campos Novos sedia maior evento da ovinocaprinocultura em SC e destaca avanços no setor

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Evento inédito impulsiona ovinocaprinocultura catarinense

Campos Novos recebeu, na última semana, o maior evento já realizado em Santa Catarina voltado à cadeia produtiva de ovinos e caprinos. O Seminário Estadual da ATeG Ovinocaprinocultura: Gestão, Eficiência e Sustentabilidade no Campo, realizado no Parque de Exposições Leônidas Rupp, reuniu mais de 500 produtores, técnicos, lideranças do agro e representantes de entidades ligadas ao setor.

A iniciativa foi promovida pelo Sistema Faesc/Senar, Sebrae/SC e Sindicato dos Produtores Rurais de Campos Novos, com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva por meio da troca de experiências, conhecimento técnico e estratégias de desenvolvimento.

Avanços da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG)

O vice-presidente da Faesc, Clemerson Argenton Pedrozo, destacou os resultados da atuação da ATeG desde 2016, quando iniciou atendendo 52 propriedades. Em 2024, esse número superou 800 propriedades atendidas, ultrapassando 1.500 unidades no total desde o início do programa.

“Começamos com um investimento de R$ 49 mil e, hoje, já superamos R$ 8 milhões só em 2024. Desde 2016, foram mais de R$ 27 milhões investidos em assistência técnica, treinamentos, seminários e missões técnicas, promovendo geração de renda e desenvolvimento no campo”, ressaltou Pedrozo.

Integração dos elos da cadeia produtiva

Para Antônio Marcos Pagani de Souza, vice-presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae/SC, o evento mostra como o trabalho conjunto entre instituições é fundamental para o sucesso da ovinocaprinocultura.

“O Sistema Faesc/Senar atua da porteira para dentro, com gestão e melhorias nas propriedades, enquanto o Sebrae trabalha da porteira para fora, com foco em mercado e comercialização. Essa integração garante mais rentabilidade ao produtor rural”, explicou.

Campos Novos como referência na ovinocultura

A região meio-oeste de Santa Catarina, especialmente Campos Novos, vem se consolidando como polo da produção de ovinos no estado. O presidente do Sindicato Rural local, Luiz Sérgio Gris Filho, afirmou que a atividade tem crescido fortemente com apoio técnico contínuo.

“Atualmente, 30 produtores recebem atendimento e capacitação mensal, o que eleva o nível de prosperidade e promove inovação tecnológica no campo”, pontuou.

Histórias que inspiram: relatos de produtores

O evento também foi marcado por depoimentos de produtores que transformaram suas propriedades com o apoio da ATeG:

  • Leandro Mayer relatou a melhoria na produtividade, ganho de peso e classificação de matrizes após o início do acompanhamento técnico.
  • Alexandre Buba, antes um pequeno produtor, hoje cuida de mais de 350 ovelhas.

“O que aprendi em um ano de capacitações, não aprendi em dez anos de campo. Me tornei um produtor profissional”, afirmou.

Programa Juntos pelo Agro amplia resultados

O gestor de Agronegócio do Sebrae/SC, Filipi Andrade, reforçou a atuação do programa Juntos pelo Agro, que desde 2021 atua como projeto piloto na cadeia da ovinocaprinocultura.

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“O engajamento dos produtores está crescendo, com avanços na gestão, técnica e comercialização. Esse é o caminho para agregar valor e fortalecer o campo”, destacou.

Compromisso com sustentabilidade e inovação

O gerente regional do Sebrae/SC na Serra, Altenir Agostini, destacou o papel das instituições na disseminação de boas práticas e tecnologias para o campo. Já a coordenadora estadual da ATeG, Paula Coimbra Nunes, classificou o seminário como um marco para o setor.

“A assistência técnica, a formação continuada e a gestão rural são os pilares para um setor mais competitivo, sustentável e forte”, afirmou.

O prefeito de Campos Novos, Dirceu José Kaiper, também participou do evento e destacou sua relevância para o fortalecimento da cadeia produtiva regional e estadual.

Conteúdo técnico enriquece o seminário

A programação do seminário contou com palestras e apresentações práticas de técnicos da ATeG:

  • Tiago Cazella, médico-veterinário, abordou os impactos econômicos da ovinocultura por meio de índices zootécnicos.
  • Pedro Claudino dos Santos Neto, também médico-veterinário, apresentou estratégias reprodutivas para pequenos ruminantes.
  • Os técnicos Silvio Pelle e Rafaela Teixeira dos Santos apresentaram casos de sucesso de produtores atendidos pelo programa.
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A forte presença técnica reforçou a importância da assistência continuada como base para produção eficiente, rentável e sustentável no setor da ovinocaprinocultura.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de feijão mantém preços firmes em outubro com oferta controlada e demanda cautelosa

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Mercado de feijão mantém preços firmes em outubro com oferta controlada e demanda cautelosa

O mercado brasileiro de feijão apresentou comportamento distinto em outubro, com diferenças marcantes entre os tipos carioca e preto. Enquanto o feijão carioca registrou estabilidade com leve tendência de alta, o feijão preto sofreu com liquidez baixa e estoques elevados. As condições de oferta, demanda e clima foram determinantes para o cenário atual, segundo o analista da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Feijão carioca: equilíbrio tenso com preços sustentados

Após período de liquidez restrita e demanda enfraquecida, o feijão carioca avançou em outubro com uma recuperação técnica consolidada. Segundo Evandro Oliveira, a oferta segue controlada, majoritariamente formada por sobras de armazém e cargas pontuais de Minas Gerais e Goiás, muitas retidas pelos produtores à espera de melhores condições comerciais.

“A disponibilidade atual é formada, em grande parte, por sobras de armazém e cargas pontuais, muitas delas retidas pelos produtores”, afirmou o analista.

A qualidade do produto segue como fator decisivo nas negociações. Enquanto alguns lotes apresentam problemas de umidade e ressecamento, outros, como o tipo Dama, alcançam notas 9 e são altamente demandados por atacadistas e cerealistas, chegando a R$ 320,00/saca, com firmeza nos negócios e baixo risco de queda de preço.

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No varejo, a demanda se manteve seletiva, com compras pontuais. O mercado externo, por sua vez, sustentou os preços, mesmo com volumes limitados de exportação. A combinação de dólar valorizado e oferta controlada contribuiu para manter a estabilidade das cotações, apesar do consumo interno fraco.

Oliveira descreve o cenário como um “equilíbrio tenso: preços firmes, mas giro lento; compradores cautelosos, mas vendedores resistentes em reduzir valores”.

Clima e safra das águas influenciam perspectivas

O clima continuou sendo variável-chave em outubro. Chuvas irregulares, risco de estiagem localizada e frio tardio geraram preocupação sobre a instalação das primeiras lavouras da safra das águas. Combinado ao câmbio firme, esse cenário deve sustentar os preços até dezembro, quando as primeiras colheitas poderão redefinir o equilíbrio de mercado.

Feijão preto enfrenta liquidez baixa e excesso de oferta

Diferente do carioca, o feijão preto manteve liquidez mínima e negociações quase paralisadas. Apesar do suporte cambial e aumento das exportações, o volume embarcado ainda é insuficiente para reduzir o alto nível de estoques internos.

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As cotações ficaram estáveis em termos nominais, com referências FOB entre R$ 137 e R$ 138/saca em praças como Chapecó e Ponta Grossa. Segundo Oliveira, a aparente estabilidade esconde uma pressão moderada de baixa, causada pela ausência de compradores domésticos e lentidão do varejo, que opera com estoques de passagem.

O plantio da primeira safra no Sul avança lentamente devido a frio tardio, períodos de seca e alta presença de mosca-branca, fatores que elevam custos e exigem manejo mais intenso. Isso deve resultar em forte redução de área cultivada, especialmente no Paraná e Rio Grande do Sul, atuando como fator de sustentação futura dos preços.

Exportações seguem sendo o principal suporte, com embarques crescentes para países vizinhos da América do Sul e Caribe, impulsionados pelo dólar valorizado e boa aceitação do feijão brasileiro. Entretanto, a dependência do mercado externo deixa o setor vulnerável a variações cambiais e logísticas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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