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Alta de preços de combustíveis e impacto bilionário com MP do PIS/Cofins, avisa IBP

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O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) alertou que a medida provisória que restringe a compensação de créditos de PIS/Cofins pode resultar em aumento dos preços da gasolina e do diesel, com um impacto financeiro estimado em R$ 10 bilhões para o setor de distribuição de combustíveis.

Possíveis Aumentos nos Preços

De acordo com cálculos do IBP, a gasolina pode ter um aumento de 4% a 7%, equivalente a R$ 0,20 a R$ 0,36 por litro, enquanto o diesel pode subir entre 1% e 4%, ou R$ 0,10 a R$ 0,23 por litro. Esses valores não incluem os impactos nos elos anteriores da cadeia produtiva, considerando apenas os custos adicionais para as empresas de logística.

O IBP representa grandes distribuidoras de combustíveis no Brasil, como Raízen, Ipiranga (do grupo Ultra) e Vibra Energia.

Impactos na Economia

“A MP 1227/24, com efeito imediato, irá onerar vários setores da economia, inclusive os essenciais ao bem-estar da sociedade, como petróleo, gás e combustíveis, que já enfrentam uma carga tributária elevada. Isso resultará na elevação de custos no transporte público e no frete de cargas e alimentos, entre outros, com impactos negativos para o consumidor final”, afirmou o IBP em nota anterior.

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A Ipiranga já informou à sua rede sobre um aumento nos preços da gasolina, etanol e diesel a partir desta semana, devido aos efeitos da MP, conforme comunicado divulgado pela imprensa.

Política de Preços das Distribuidoras

Em nota, a Ipiranga explicou que o comunicado foi enviado à sua rede de revendedores através de um canal direto e privado, como parte da rotina de sua relação comercial. A empresa ressaltou que pratica uma política de preços alinhada aos parâmetros vigentes e que a decisão final sobre o preço dos combustíveis na bomba cabe ao revendedor, conforme previsto em lei.

Procuradas para comentar, Vibra e Raízen não se manifestaram imediatamente.

Reações à Medida Provisória

A medida provisória, editada na semana passada pelo governo, restringe o ressarcimento e a compensação dos saldos credores acumulados de PIS e Cofins. Essa decisão gerou forte reação contrária, especialmente de indústrias exportadoras dos setores de carnes, suco de laranja, petróleo e gás, café, entre outros.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de feijão mantém preços firmes em outubro com oferta controlada e demanda cautelosa

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Mercado de feijão mantém preços firmes em outubro com oferta controlada e demanda cautelosa

O mercado brasileiro de feijão apresentou comportamento distinto em outubro, com diferenças marcantes entre os tipos carioca e preto. Enquanto o feijão carioca registrou estabilidade com leve tendência de alta, o feijão preto sofreu com liquidez baixa e estoques elevados. As condições de oferta, demanda e clima foram determinantes para o cenário atual, segundo o analista da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Feijão carioca: equilíbrio tenso com preços sustentados

Após período de liquidez restrita e demanda enfraquecida, o feijão carioca avançou em outubro com uma recuperação técnica consolidada. Segundo Evandro Oliveira, a oferta segue controlada, majoritariamente formada por sobras de armazém e cargas pontuais de Minas Gerais e Goiás, muitas retidas pelos produtores à espera de melhores condições comerciais.

“A disponibilidade atual é formada, em grande parte, por sobras de armazém e cargas pontuais, muitas delas retidas pelos produtores”, afirmou o analista.

A qualidade do produto segue como fator decisivo nas negociações. Enquanto alguns lotes apresentam problemas de umidade e ressecamento, outros, como o tipo Dama, alcançam notas 9 e são altamente demandados por atacadistas e cerealistas, chegando a R$ 320,00/saca, com firmeza nos negócios e baixo risco de queda de preço.

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No varejo, a demanda se manteve seletiva, com compras pontuais. O mercado externo, por sua vez, sustentou os preços, mesmo com volumes limitados de exportação. A combinação de dólar valorizado e oferta controlada contribuiu para manter a estabilidade das cotações, apesar do consumo interno fraco.

Oliveira descreve o cenário como um “equilíbrio tenso: preços firmes, mas giro lento; compradores cautelosos, mas vendedores resistentes em reduzir valores”.

Clima e safra das águas influenciam perspectivas

O clima continuou sendo variável-chave em outubro. Chuvas irregulares, risco de estiagem localizada e frio tardio geraram preocupação sobre a instalação das primeiras lavouras da safra das águas. Combinado ao câmbio firme, esse cenário deve sustentar os preços até dezembro, quando as primeiras colheitas poderão redefinir o equilíbrio de mercado.

Feijão preto enfrenta liquidez baixa e excesso de oferta

Diferente do carioca, o feijão preto manteve liquidez mínima e negociações quase paralisadas. Apesar do suporte cambial e aumento das exportações, o volume embarcado ainda é insuficiente para reduzir o alto nível de estoques internos.

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As cotações ficaram estáveis em termos nominais, com referências FOB entre R$ 137 e R$ 138/saca em praças como Chapecó e Ponta Grossa. Segundo Oliveira, a aparente estabilidade esconde uma pressão moderada de baixa, causada pela ausência de compradores domésticos e lentidão do varejo, que opera com estoques de passagem.

O plantio da primeira safra no Sul avança lentamente devido a frio tardio, períodos de seca e alta presença de mosca-branca, fatores que elevam custos e exigem manejo mais intenso. Isso deve resultar em forte redução de área cultivada, especialmente no Paraná e Rio Grande do Sul, atuando como fator de sustentação futura dos preços.

Exportações seguem sendo o principal suporte, com embarques crescentes para países vizinhos da América do Sul e Caribe, impulsionados pelo dólar valorizado e boa aceitação do feijão brasileiro. Entretanto, a dependência do mercado externo deixa o setor vulnerável a variações cambiais e logísticas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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