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AgRural: Atraso aumenta e plantio de soja chega a 68% no Brasil; MT segue no foco

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O plantio da safra 2023/24 de soja chegou na quinta-feira (16) a 68% da área estimada para o Brasil, contra 61% uma semana antes e 80% no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural. Com lentidão no Sul e no Norte/Nordeste devido, respectivamente, ao excesso e à falta de umidade, o plantio brasileiro agora é o mais baixo para esta época do ano desde a safra 2019/20.

Mas é em Mato Grosso que o foco das preocupações ainda se concentra, já que as chuvas registradas na semana passada continuaram irregulares e o calor foi grande. Com pouca umidade, a necessidade de replantio aumenta. A esta altura, porém, os produtores das áreas mais afetadas se dividem entre replantar, deixar a soja do jeito que está para ver se ela se recupera pelo menos parcialmente, ou abandonar parte das lavouras e partir direto para o plantio da segunda safra no início de 2024.

O replantio também é uma possibilidade em áreas de Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais caso as chuvas não melhorem nos próximos dias. De um modo geral, a irregularidade das precipitações é um problema em grande parte das áreas produtoras do Centro-Oeste, Norte/Nordeste e Sudeste, mas a situação não é tão preocupante como em Mato Grosso.

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No Sul do país, as chuvas seguem frequentes e deixam o plantio muito lento no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. No Paraná, a umidade dificulta o avanço das máquinas nas áreas de calendário mais tardio. Nas regiões onde o plantio já está finalizado, porém, a safra se desenvolve bem.

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Plantio de milho verão vai a 80% no Centro-Sul; excesso de umidade preocupa

A semeadura da primeira safra de milho da temporada 2023/24 estava feita em 80% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil até quinta-feira (16), contra 76% uma semana antes e 82% no mesmo período do ano passado, de acordo com dados levantados pela AgRural. O plantio está praticamente encerrado nos três estados do Sul, mas o excesso de umidade preocupa os produtores devido às dificuldades impostas ao manejo das lavouras e à possibilidade de falhas de polinização.

Fonte: AgRural

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de feijão mantém preços firmes em outubro com oferta controlada e demanda cautelosa

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Mercado de feijão mantém preços firmes em outubro com oferta controlada e demanda cautelosa

O mercado brasileiro de feijão apresentou comportamento distinto em outubro, com diferenças marcantes entre os tipos carioca e preto. Enquanto o feijão carioca registrou estabilidade com leve tendência de alta, o feijão preto sofreu com liquidez baixa e estoques elevados. As condições de oferta, demanda e clima foram determinantes para o cenário atual, segundo o analista da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Feijão carioca: equilíbrio tenso com preços sustentados

Após período de liquidez restrita e demanda enfraquecida, o feijão carioca avançou em outubro com uma recuperação técnica consolidada. Segundo Evandro Oliveira, a oferta segue controlada, majoritariamente formada por sobras de armazém e cargas pontuais de Minas Gerais e Goiás, muitas retidas pelos produtores à espera de melhores condições comerciais.

“A disponibilidade atual é formada, em grande parte, por sobras de armazém e cargas pontuais, muitas delas retidas pelos produtores”, afirmou o analista.

A qualidade do produto segue como fator decisivo nas negociações. Enquanto alguns lotes apresentam problemas de umidade e ressecamento, outros, como o tipo Dama, alcançam notas 9 e são altamente demandados por atacadistas e cerealistas, chegando a R$ 320,00/saca, com firmeza nos negócios e baixo risco de queda de preço.

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No varejo, a demanda se manteve seletiva, com compras pontuais. O mercado externo, por sua vez, sustentou os preços, mesmo com volumes limitados de exportação. A combinação de dólar valorizado e oferta controlada contribuiu para manter a estabilidade das cotações, apesar do consumo interno fraco.

Oliveira descreve o cenário como um “equilíbrio tenso: preços firmes, mas giro lento; compradores cautelosos, mas vendedores resistentes em reduzir valores”.

Clima e safra das águas influenciam perspectivas

O clima continuou sendo variável-chave em outubro. Chuvas irregulares, risco de estiagem localizada e frio tardio geraram preocupação sobre a instalação das primeiras lavouras da safra das águas. Combinado ao câmbio firme, esse cenário deve sustentar os preços até dezembro, quando as primeiras colheitas poderão redefinir o equilíbrio de mercado.

Feijão preto enfrenta liquidez baixa e excesso de oferta

Diferente do carioca, o feijão preto manteve liquidez mínima e negociações quase paralisadas. Apesar do suporte cambial e aumento das exportações, o volume embarcado ainda é insuficiente para reduzir o alto nível de estoques internos.

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As cotações ficaram estáveis em termos nominais, com referências FOB entre R$ 137 e R$ 138/saca em praças como Chapecó e Ponta Grossa. Segundo Oliveira, a aparente estabilidade esconde uma pressão moderada de baixa, causada pela ausência de compradores domésticos e lentidão do varejo, que opera com estoques de passagem.

O plantio da primeira safra no Sul avança lentamente devido a frio tardio, períodos de seca e alta presença de mosca-branca, fatores que elevam custos e exigem manejo mais intenso. Isso deve resultar em forte redução de área cultivada, especialmente no Paraná e Rio Grande do Sul, atuando como fator de sustentação futura dos preços.

Exportações seguem sendo o principal suporte, com embarques crescentes para países vizinhos da América do Sul e Caribe, impulsionados pelo dólar valorizado e boa aceitação do feijão brasileiro. Entretanto, a dependência do mercado externo deixa o setor vulnerável a variações cambiais e logísticas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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