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Coinoculação, processo essencial para obter alta produtividade de soja

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Essa prática envolve a aplicação simultânea de diferentes micro-organismos benéficos às plantas, como bactérias e fungos. O objetivo é melhorar a saúde e a produtividade das culturas ao combinar os efeitos positivos de micro-organismos com recursos suplementares – como nutrientes, aminoácidos e hormônios. Na soja, as bactérias dos gêneros Bradyrhizobium e Azospirillum têm apresentado resultados promissores, potencializando o desenvolvimento e aumentando o rendimento das lavouras.

Pesquisas científicas demonstram que a Bradyrhizobium possui a capacidade de fixar o nitrogênio, de forma que ele possa ser utilizado pelas plantas. Essa bactéria produz nódulos benéficos nas raízes da soja, que permitem a fixação do elemento. Trata-se, portanto, de um processo biológico, que substitui a necessidade de soluções nitrogenadas químicas, proporcionando uma fonte de nitrogênio constante para a planta ao longo do ciclo de cultivo. Em termos práticos, resulta em crescimento mais saudável e sustentável, reduzindo custos e impactos ambientais – diferenciais relevantes em termos de produção com respeito ao planeta.

A Azospirillum, por sua vez, é uma bactéria promotora de crescimento vegetal que atua de maneira complementar à Bradyrhizobium. Ela também se associa às raízes, estimulando a produção de fitormônios, como a auxina, essencial para o desenvolvimento da soja. A presença da Azospirillum melhora a absorção de nutrientes e água pelas plantas, contribuindo para dar a elas mais vigor e resistência. Sua capacidade de produzir fitormônios acelera a fase inicial do ciclo de vida, resultando em aumento significativo da produtividade das lavouras. Isso, obviamente, é relevante para melhorar cada vez mais as estatísticas da cultura em termos de produtividade.

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De acordo com a estimativa mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com 99% da colheita de soja finalizados, a produção de soja da safra 2023/2004 será de 147,4 milhões de toneladas: 4,7% menor que a anterior (154,6 milhões de toneladas). A companhia salienta que, apesar da variação negativa, os resultados “podem ser considerados satisfatórios diante dos extremos climáticos que acometeram diversos estados” dedicados ao cultivo, “mostrando a capacidade técnica dos produtores nacionais de estar preparados para enfrentar diversas situações”.

Nesse sentido, adotar a coinoculação tem mostrado resultados positivos para os agricultores: crescimento mais rápido superior das plantas, rendimento maior, com benefícios à saúde vegetal – especialmente em relação à resistência a doenças e a condições adversas. Mas para que a técnica seja eficaz a aplicação dos coinoculantes deve ser feita de maneira que os micro-organismos tenham condições ideais para sobrevivência e multiplicação. O uso diretamente nas sementes é uma das opções. Essa prática garante que as bactérias benéficas estejam presentes desde o início do ciclo, maximizando seus efeitos no desenvolvimento da cultura.

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Podemos afirmar, categoricamente, que a coinoculação não é apenas uma tecnologia avançada, mas uma solução para os desafios agrícolas modernos. Por isso, a BRQ Brasilquímica tem se dedicado à sua disseminação. Com mais de dez anos de experiência na produção de inoculantes, ela se destaca pela alta qualidade e eficiência do portfólio, que é diversificado, incluindo formulações de Bradyrhizobium e Azospirillum. Com isso, garantimos que os agricultores tenham acesso às melhores soluções tecnológicas para suas lavouras de soja – que, aliás, exigem grandes quantidades de nitrogênio.

Por Bernardo Borges, mestre e doutor em agronomia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), pós-doutor pela Universidade de Edimburgo e gerente técnico da BRQ Brasilquímica.

Fonte: Texto Comunicação

Fonte: Portal do Agronegócio

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Exportações de café ultrapassam US$ 1,28 bilhão em outubro, com alta no preço médio e queda no volume embarcado

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Faturamento com café não torrado passa de US$ 1,28 bilhão em outubro

O faturamento total das exportações de café não torrado atingiu US$ 1,285 bilhão nos 18 dias úteis de outubro de 2025, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta terça-feira (28). No mesmo período do ano anterior, o total havia sido de US$ 1,307 bilhão, considerando 22 dias úteis.

Apesar da leve redução no volume total embarcado, o desempenho médio diário apresentou crescimento expressivo. Em outubro de 2025, a receita média por dia útil foi de US$ 71,394 milhões, avanço de 20,1% em relação à média de US$ 59,447 milhões registrada em outubro de 2024.

Volume exportado cai, mas valor do grão tem forte valorização

O volume total exportado de café não torrado na quarta semana de outubro/25 foi de 199,8 mil toneladas, contra 279,2 mil toneladas no mesmo mês do ano anterior. A média diária também apresentou retração de 12,5%, passando de 12,692 mil toneladas (out/24) para 11,100 mil toneladas (out/25).

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Mesmo com a queda no volume, o preço médio do café não torrado teve alta de 37,3% em relação ao mesmo mês de 2024, passando de US$ 4.683,70 para US$ 6.431,90 por tonelada. O movimento reforça a valorização do produto brasileiro no mercado internacional, sustentada pela demanda aquecida e menor oferta global.

Café torrado e derivados também registram crescimento na receita

O desempenho positivo também foi observado nas exportações de café torrado, extratos, essências e concentrados. O volume embarcado nesses 18 dias úteis de outubro/25 somou 8,057 mil toneladas, ligeiramente abaixo das 8,681 mil toneladas embarcadas em outubro/24.

Apesar da leve queda no volume, a média diária avançou 13,4%, alcançando 447 toneladas por dia, contra 394 toneladas no mesmo período do ano anterior.

O faturamento total das exportações de café torrado e derivados chegou a US$ 99,909 milhões, superando os US$ 89,194 milhões de outubro/24. A receita média diária aumentou 36,9%, passando de US$ 4,054 milhões para US$ 5,550 milhões.

Já o preço médio de venda teve valorização de 20,7%, saltando de US$ 10.273,80 em outubro/24 para US$ 12.399,30 em outubro/25, refletindo a forte demanda internacional por cafés industrializados brasileiros, especialmente nos mercados da Europa e da Ásia.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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