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TJMT abre seleção para estagiários de nível médio e superior

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O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), em parceria com a Super Estágios, está com inscrições abertas para processo seletivo de estágio destinado a estudantes de nível médio e superior. As oportunidades abrangem diversos cursos, incluindo Administração, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Comunicação Social, Direito, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Gestão Pública, Gestão de Pessoas, Jornalismo, Pedagogia, Publicidade e Propaganda, Serviço Social, Tecnologia da Informação (em suas diversas especialidades) e Tecnologia em Gestão de Eventos e Cerimonial. As vagas são para formação de cadastro de reserva, com atuação na Secretaria do Tribunal de Justiça e nos Fóruns das Comarcas de todo o Estado de Mato Grosso.
As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas exclusivamente pela internet, no período de 20 de outubro a 03 de novembro de 2025, através do site www.superestagios.com.br.
As provas online acontecerão no mesmo período das inscrições, entre 20 de outubro e 03 de novembro de 2025. O gabarito provisório será divulgado no dia 04 de novembro e o resultado definitivo está previsto para 07 de novembro de 2025.
Podem participar estudantes regularmente matriculados em instituições de ensino público ou particular, a partir do 1º ano/semestre do ensino médio regular ou EJA. Para cursos de nível superior, é necessário estar a partir do 2º semestre, com distância mínima de 06 meses do término do curso. Exceção para o curso de Direito, que exige matrícula a partir do 3º semestre, com distância mínima de 12 meses da conclusão.
O valor da bolsa auxílio é de R$ 1.300,00 para nível superior e R$ 1.040,00 para ensino médio, além de auxílio-transporte no valor de R$ 217,80 mensais. A carga horária é de 6 horas diárias, totalizando 30 horas semanais, no período vespertino (das 12h às 18h ou das 13h às 19h).
O processo seletivo reserva 10% das vagas para pessoas com deficiência e 30% para candidatos negros (pretos ou pardos), conforme legislação vigente. Para o curso de Direito, será instituído cadastro único de reserva para a Secretaria do TJMT e o Fórum da Comarca de Cuiabá.
Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato através do e-mail: [email protected]
O regulamento e as inscrições podem ser acessados no link:

Autor: Roberta Penha

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Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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“IA potencializa Justiça mais humana e empática”, aponta magistrado no Inova ADV Experience 2025

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O juiz Vinícius Paiva Galhardo apresentou nesta sexta-feira (24), durante o III Congresso Estadual de Inovação e Empreendedorismo Jurídico – Inova ADV Experience 2025, um panorama das ações que vêm modernizando o Poder Judiciário de Mato Grosso. O evento, realizado no Complexo dos Juizados Especiais, em Cuiabá, foi promovido pelo Instituto Mato-Grossense de Advocacia Network (Iman) e conta com parceria institucional do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

Em sua palestra, o magistrado – que é cooperado do Núcleo de Justiça Digital de Execução Fiscal Estadual do TJMT e membro do Laboratório de Inovação do Tribunal de Justiça do Estado (InovaJus-MT) – propôs uma discussão sobre o tema “Justiça na Era Digital: Caminhos para um sistema moderno e inclusivo”. A mesa de debates teve como presidente a promotora de Justiça Fernanda Pawelec Vasconcelos, e como mediadores o juiz Túlio Duailibi Alves Souza e a magistrada Hanae Yamamura.

O magistrado destacou avanços, em especial representados pela criação de um banco de jurisprudência próprio do TJMT, que já reúne mais de quatro mil decisões.

“Estamos criando um banco de decisões do nosso Tribunal, reunindo entendimentos que refletem a posição majoritária da Corte. Esse acervo servirá como base para a aplicação uniforme da lei e para garantir o que buscamos no processo civil: estabilidade e previsibilidade nas decisões”, explicou Galhardo.

O juiz também apresentou detalhes sobre o sistema LexIA (Lex, de “lei” em latim, e IA, de inteligência artificial), ferramenta tecnológica desenvolvida exclusivamente pelo Poder Judiciário mato-grossense. A plataforma de inteligência artificial utiliza precedentes do próprio TJMT, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF) para auxiliar na análise processual.

“A inteligência artificial não é o fim da Justiça como a conhecemos. É o início de uma Justiça mais humana, uma Justiça que liberta magistrados das tarefas mecânicas e lhes devolve tempo para o que é essencial: fazer Justiça com técnica, reflexão e empatia”, afirmou.

De acordo com o magistrado, a LexIA vem sendo aprimorada pela equipe técnica do Tribunal, com a participação direta de magistrados e assessores, que criam e validam os “agentes” utilizados pela IA. A ferramenta já demonstrou resultados expressivos: aumento de 102,5% na produtividade e redução de cerca de 45% no tempo médio de elaboração de votos, passando de seis para três dias.

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“Esses números mostram que estamos no caminho certo, pois o objetivo final é o cidadão, entregando uma tutela jurisdicional célere e qualificada. E o que observamos é que, com o auxílio da inteligência artificial, a qualidade do trabalho também aumenta”, ressaltou Galhardo.

“A LexIA representa mais do que um sistema, é um compromisso com uma Justiça moderna, ética, transparente e inclusiva. Uma Justiça que usa a inteligência das máquinas para potencializar a sabedoria humana. E, como toda inovação verdadeira, seu propósito final não é acelerar o processo, mas aproximar a Justiça de quem mais precisa”, finalizou.

Participante do painel, a juíza do Foro da Capital Hanae Yamamura ressaltou a importância de manter o foco no ser humano diante dos avanços tecnológicos no sistema de Justiça.

“O que a inteligência artificial pode nos auxiliar, na verdade, é justamente nas tarefas mais simples, nas rotinas que podem ser automatizadas. Mas é o ser humano que importa. O essencial é compreender a realidade de quem está diante de nós. Não existe inteligência artificial capaz de sentir a urgência, a dor ou o medo de uma mulher que pede proteção. A tecnologia pode agilizar processos, mas jamais substituirá o olhar atento e a empatia de um juiz ou de um oficial de justiça”, destacou.

A magistrada também ressaltou que a advocacia deve acompanhar esse processo de transformação, entendendo as novas ferramentas e cobrando o melhor uso delas em favor da sociedade.

“Precisamos aprender a usar essas tecnologias e, ao mesmo tempo, saber cobrar o seu uso responsável. A celeridade é importante, mas o cuidado é essencial. Onde for possível acelerar, que se acelere; onde for preciso sensibilidade, que ela prevaleça”, afirmou a juíza Hanae Yamamura.

O juiz Túlio Duailibi Alves Souza, coordenador do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (NugJur-TJMT), defendeu que a modernização tecnológica do Poder Judiciário deve vir acompanhada de empatia, cuidado e conexão humana.

“A transformação digital nos desafia a todo instante – seja nas estratégias de gestão, nas decisões institucionais ou nos investimentos em tecnologia. Mas não podemos perder de vista o essencial: a Justiça é feita por pessoas e para pessoas. Falar de automação sem olhar para o cuidado com o ser humano é um equívoco”, destacou.

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O juiz lembrou a experiência vivida pelo Judiciário durante a pandemia, quando a digitalização dos processos se tornou uma necessidade urgente. Segundo ele, o momento exigiu coragem e criatividade, mas também revelou o potencial transformador da tecnologia quando usada com propósito.

“Em 2019, quase todos os processos ainda tramitavam em papel. A pandemia nos obrigou a acelerar um processo que levaria anos. Em poucos meses, conseguimos digitalizar praticamente tudo. A partir daí, passamos a realizar audiências e sessões virtuais, e isso mudou completamente a nossa forma de trabalhar”, recordou.

O juiz destacou que, especialmente nas áreas da Infância e Juventude, o uso da tecnologia trouxe avanços concretos, ampliando o acesso à Justiça e garantindo maior celeridade nos atendimentos.

“Dentro da Infância e Juventude, o tempo custa caro. O tempo de uma criança ou de um adolescente é muito diferente do nosso. Quando passamos a realizar audiências virtuais, deixamos de perder tempo com burocracias e conseguimos garantir respostas mais rápidas. E isso fez toda a diferença”, explicou.

Para o magistrado, o desafio atual é manter o equilíbrio entre eficiência tecnológica e sensibilidade humana.

“Não dá para tratar o processo como mera resolução de papéis. O que precisamos é resolver conflitos. A Justiça Restaurativa nos ensina exatamente isso: colocar-se no lugar do outro, exercitar a empatia e compreender que cada decisão tem impacto direto na vida de alguém”, afirmou.

Ao concluir, o juiz reforçou que a evolução digital é inevitável, mas deve caminhar lado a lado com a valorização das pessoas que fazem a Justiça acontecer. “Aprender a lidar com a automação sem descuidar do vínculo humano talvez seja o nosso maior desafio. A tecnologia deve servir à Justiça, e não o contrário. Porque nada substitui o olhar no olho de quem bate às portas do Poder Judiciário”, concluiu.

Autor: Patrícia Neves

Fotografo: Maycon Xavier

Departamento: Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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