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Rally Cocamar Mostra Rentabilidade da Citricultura Apesar de Desafios Sanitários

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O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) divulgou em setembro levantamento sobre a incidência do greening, a doença mais grave dos pomares de laranja, que ainda não possui tratamento eficaz. Em 2025, a enfermidade atingiu 47,63% das plantas no cinturão citrícola de São Paulo e do Triângulo/Sudoeste Mineiro, aumento de 7,4% em relação ao índice de 2024, que foi de 44,35%.

No Paraná, terceiro maior produtor nacional, uma ação integrada entre poder público, entidades e produtores busca frear o avanço da doença, causada por uma bactéria transmitida pelo psilídeo. Os sintomas incluem folhas amareladas e frutos deformados, sendo a contaminação irreversível.

Rally Cocamar destaca produtividade e rentabilidade em Paranavaí

Mesmo diante desse cenário, a citricultura se mantém rentável. O Rally Cocamar de Produtividade, realizado em 22 de outubro em Paranavaí, principal polo produtor do estado, visitou o citricultor Nestor Antunes Miranda Filho, responsável por 22 mil plantas no Sítio Águas Claras.

Segundo Nestor, que atua no setor desde 2009, a produção média é de 2,5 caixas por planta, e o produtor planeja expandir o pomar para 28 mil plantas. “É preciso que o produtor se envolva e goste da atividade, pois é muito exigente, mas é um dos negócios mais interessantes da agricultura atualmente”, afirmou.

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Mercado solidário internacional fortalece cooperados

A Cocamar reúne 119 produtores com cerca de 5 mil hectares de pomares, sendo 35 cooperados da Coopsoli, responsáveis por 400 mil caixas. Todo o volume é entregue à unidade industrial da Louis Dreyfus Company (LDC) em Paranavaí, mas apenas os cooperados da Coopsoli participam do mercado solidário internacional, que exporta suco de laranja para a Europa.

A agrônoma Kelyn Henkemaier explica que a cada tonelada exportada, 250 dólares retornam em benefícios aos produtores, como tanques adequados para combustíveis, sanitários móveis e outros investimentos voltados à sustentabilidade. “O consumidor europeu paga mais pelo suco por saber que ele é produzido com respeito ao meio ambiente e às normas trabalhistas”, destaca.

Sustentabilidade e assistência técnica elevam eficiência

A sustentabilidade é uma tendência crescente na citricultura. Entre as práticas adotadas estão: plantio de capim braquiária entre linhas para manter o solo úmido e sequestrar carbono, uso de roçada ecológica, redução de glifosato, emprego de inseticidas biológicos e adubação orgânica e química eficiente. Trabalho infantil e informal são totalmente vedados.

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A agrônoma Elisa Rovida ressalta que a Cocamar fornece assistência técnica contínua, coletando solo e folhas para análise laboratorial, garantindo o uso assertivo de insumos e potencializando a produtividade dos pomares.

Produção 2025/26 mostra desempenho superior

Até o momento, foram colhidos 60 a 70% da safra 2025/26, com frutas de qualidade superior à temporada anterior. A previsão é atingir 2 milhões de caixas de 40,8 kg, ante 1,6 milhão na safra passada.

O produtor Nestor reforça a importância da cadeia da laranja para a economia regional: “A atividade gera empregos, tributos e riqueza, e todo esforço é necessário para evitar que o greening comprometa os pomares e inviabilize o setor”.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Exportações de café ultrapassam US$ 1,28 bilhão em outubro, com alta no preço médio e queda no volume embarcado

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Faturamento com café não torrado passa de US$ 1,28 bilhão em outubro

O faturamento total das exportações de café não torrado atingiu US$ 1,285 bilhão nos 18 dias úteis de outubro de 2025, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta terça-feira (28). No mesmo período do ano anterior, o total havia sido de US$ 1,307 bilhão, considerando 22 dias úteis.

Apesar da leve redução no volume total embarcado, o desempenho médio diário apresentou crescimento expressivo. Em outubro de 2025, a receita média por dia útil foi de US$ 71,394 milhões, avanço de 20,1% em relação à média de US$ 59,447 milhões registrada em outubro de 2024.

Volume exportado cai, mas valor do grão tem forte valorização

O volume total exportado de café não torrado na quarta semana de outubro/25 foi de 199,8 mil toneladas, contra 279,2 mil toneladas no mesmo mês do ano anterior. A média diária também apresentou retração de 12,5%, passando de 12,692 mil toneladas (out/24) para 11,100 mil toneladas (out/25).

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Mesmo com a queda no volume, o preço médio do café não torrado teve alta de 37,3% em relação ao mesmo mês de 2024, passando de US$ 4.683,70 para US$ 6.431,90 por tonelada. O movimento reforça a valorização do produto brasileiro no mercado internacional, sustentada pela demanda aquecida e menor oferta global.

Café torrado e derivados também registram crescimento na receita

O desempenho positivo também foi observado nas exportações de café torrado, extratos, essências e concentrados. O volume embarcado nesses 18 dias úteis de outubro/25 somou 8,057 mil toneladas, ligeiramente abaixo das 8,681 mil toneladas embarcadas em outubro/24.

Apesar da leve queda no volume, a média diária avançou 13,4%, alcançando 447 toneladas por dia, contra 394 toneladas no mesmo período do ano anterior.

O faturamento total das exportações de café torrado e derivados chegou a US$ 99,909 milhões, superando os US$ 89,194 milhões de outubro/24. A receita média diária aumentou 36,9%, passando de US$ 4,054 milhões para US$ 5,550 milhões.

Já o preço médio de venda teve valorização de 20,7%, saltando de US$ 10.273,80 em outubro/24 para US$ 12.399,30 em outubro/25, refletindo a forte demanda internacional por cafés industrializados brasileiros, especialmente nos mercados da Europa e da Ásia.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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