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Preços do Café Recuam nas Bolsas Internacionais em Meio a Incertezas Climáticas

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O mercado de café iniciou a quarta-feira (18) em queda nas bolsas internacionais, após uma leve estabilização nos preços durante o fechamento do pregão da terça-feira (17). A volatilidade do setor é impulsionada pelas incertezas em torno da produção da safra de 2025, marcada pela expectativa das floradas, que dependem da chegada de chuvas regulares nas áreas cafeeiras brasileiras.

Por volta das 9h (horário de Brasília), os contratos futuros de café arábica apresentaram queda significativa: o vencimento de dezembro/24 recuou 50 pontos, cotado a 264,10 cents por libra-peso; o contrato para março/25 registrou baixa de 35 pontos, valendo 262,00 cents por libra-peso; e o vencimento de maio/25 caiu 40 pontos, sendo negociado a 259,45 cents por libra-peso.

No caso do robusta, o cenário também foi de desvalorização. O contrato de novembro/24 caiu US$ 49, negociado a US$ 5.254 por tonelada; já o vencimento de janeiro/25 recuou US$ 41, chegando a US$ 4.999 por tonelada; e o contrato de março/25 teve uma baixa de US$ 32, cotado a US$ 4.803 por tonelada.

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O período atual é crucial para a formação da próxima safra, uma vez que as floradas de café dependem da chegada das chuvas para garantir o pegamento das flores. Entretanto, as previsões meteorológicas indicam chuvas irregulares e volumes reduzidos, principalmente para o final de setembro, o que gera apreensão entre os produtores.

Fernando Maximiliano, analista de mercado de café da StoneX, ressalta que, sem chuvas adequadas, o setor continua sob pressão. “Estamos enfrentando um cenário preocupante para a produção, mas, por outro lado, isso tem mantido os preços elevados”, afirmou o especialista.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Global Methane Hub lança fundo de US$ 30 milhões para reduzir emissões de metano no cultivo de arroz

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Fundo global vai financiar pesquisas para reduzir metano nas lavouras de arroz

O Global Methane Hub anunciou a criação de um fundo de US$ 30 milhões destinado a acelerar o desenvolvimento de tecnologias e práticas agrícolas voltadas à redução das emissões de metano no cultivo de arroz.

A iniciativa foi apresentada durante a Global CSA Conference, realizada nesta semana em Brasília, com organização da Clim-Eat, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), do Ministério da Agricultura, Pesca, Segurança Alimentar e Natureza dos Países Baixos e da Universidade de Brasília (UnB).

Batizado de Acelerador de Inovação em Metano do Arroz, o programa tem como meta captar pelo menos US$ 100 milhões em recursos públicos e privados. O projeto já conta com o apoio de instituições internacionais como a Fundação Gates, Philanthropy Asia Alliance, Quadrature Climate Foundation e Temasek Life Sciences Laboratory.

Quatro frentes de pesquisa guiarão o desenvolvimento das soluções

O acelerador tem como objetivo ampliar as opções tecnológicas disponíveis para reduzir as emissões e melhorar a eficiência produtiva e hídrica da cultura do arroz.

Os investimentos se concentrarão em quatro áreas-chave de pesquisa:

  • Genética e fisiologia vegetal
  • Microbioma do solo
  • Agronomia
  • Medição de emissões
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A iniciativa prevê a criação de um roteiro de inovação que será lançado em 2026, com foco em desenvolver e validar soluções práticas para os diferentes sistemas de produção de arroz no mundo.

Arroz irrigado é responsável por 8% das emissões globais de metano

Atualmente, 90% das lavouras de arroz do planeta são cultivadas em áreas inundadas, condição que favorece a formação de bactérias produtoras de metano. Esse processo natural é responsável por 8% das emissões globais desse gás de efeito estufa e consome cerca de 40% de toda a água de irrigação utilizada na agricultura mundial.

Diante desse cenário, o programa tem como uma de suas prioridades estimular o cultivo de arroz aeróbico, produzido sem o alagamento das lavouras. Essa técnica, além de reduzir emissões, também diminui o consumo de água e aumenta a eficiência produtiva.

Brasil é referência em pesquisa e inovação no cultivo de arroz

O Brasil foi destacado como exemplo global na adoção de práticas sustentáveis e no desenvolvimento de tecnologias agrícolas. A Embrapa e diversas universidades brasileiras têm desempenhado papel central na pesquisa de sistemas de cultivo de arroz aeróbico de alto rendimento, integrados a rotações agrícolas economicamente viáveis e ambientalmente responsáveis.

“O Brasil está tendo grande sucesso em integrar o arroz aeróbico a sistemas de rotação, obtendo ganhos econômicos e ambientais. Isso está totalmente alinhado com a estratégia global que estamos construindo”, afirmou Hayden Montgomery, diretor do Programa de Agricultura do Global Methane Hub.

Redução do metano é essencial para segurança alimentar e ação climática

Segundo Montgomery, o metano é um gás de efeito estufa potente, mas de curta duração, e a sua redução é fundamental para conter o aquecimento global e garantir a segurança alimentar mundial.

“A transição para uma agricultura de baixas emissões é indispensável, mas ela não pode ocorrer às custas da produção de alimentos e dos meios de subsistência dos produtores”, destacou.

O novo acelerador vai complementar soluções de mitigação já existentes, como o método AWD (Alternate Wetting and Drying), desenvolvido pelo Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz (IRRI), que reduz as emissões de metano entre 30% e 70% sem comprometer a produtividade.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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