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Plano para apoiar indústria desagradou Lula, dizem fontes

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Em reunião com ministros antes da apresentação do plano, Lula criticou o que considerou a falta de metas mais claras na proposta capitaneada por seu vice e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, de acordo com as fontes.

Lula também considerou que faltou ao plano parâmetros definidos para monitorar o avanço das propostas, especialmente nas áreas que envolvem financiamento para a indústria.

A cerimônia de apresentação do plano, no Palácio do Planalto, atrasou quase duas horas porque Lula estava reunido com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Secretária de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para debater o programa. Foi nesse encontro que o presidente cobrou seus ministros.

Em sua fala durante a cerimônia de lançamento, ao pedir desculpas pelo atraso, Lula afirmou que a demora aconteceu porque teve “uma discussão ruim sobre coisas boas”, mas não deu detalhes. De acordo com as fontes, apesar de ter levado adiante a apresentação na própria segunda, Lula pediu ajustes ao plano, especialmente no monitoramento das metas.

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Chamado de “Nova Indústria Brasil”, o plano vem sendo tocado por Alckmin desde a transição de governo, no final de 2022, e envolve áreas que vão de saúde a meio ambiente.

O plano prevê seis “missões”, que incluem descarbonização da economia e melhoria de infraestrutura e transformação digital da indústria, entre outros. O programa prevê 300 bilhões de reais em recursos para financiamentos, vindos principalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e também incentivos fiscais.

Na segunda-feira, após o anúncio do plano pelo governo, o dólar teve alta de mais de 1% em função dos receios com o equilíbrio fiscal brasileiro, ainda que operações do BNDES sustentem o programa — o que não necessariamente trará impacto fiscal para o Tesouro.

Do lado da indústria, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) viu a iniciativa como tendo potencial de incentivar o desenvolvimento do setor, mas o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) disse que será necessário “muito foco” por parte do governo para o plano ter sucesso.

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Fonte: Reuters

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de feijão mantém preços firmes em outubro com oferta controlada e demanda cautelosa

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Mercado de feijão mantém preços firmes em outubro com oferta controlada e demanda cautelosa

O mercado brasileiro de feijão apresentou comportamento distinto em outubro, com diferenças marcantes entre os tipos carioca e preto. Enquanto o feijão carioca registrou estabilidade com leve tendência de alta, o feijão preto sofreu com liquidez baixa e estoques elevados. As condições de oferta, demanda e clima foram determinantes para o cenário atual, segundo o analista da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Feijão carioca: equilíbrio tenso com preços sustentados

Após período de liquidez restrita e demanda enfraquecida, o feijão carioca avançou em outubro com uma recuperação técnica consolidada. Segundo Evandro Oliveira, a oferta segue controlada, majoritariamente formada por sobras de armazém e cargas pontuais de Minas Gerais e Goiás, muitas retidas pelos produtores à espera de melhores condições comerciais.

“A disponibilidade atual é formada, em grande parte, por sobras de armazém e cargas pontuais, muitas delas retidas pelos produtores”, afirmou o analista.

A qualidade do produto segue como fator decisivo nas negociações. Enquanto alguns lotes apresentam problemas de umidade e ressecamento, outros, como o tipo Dama, alcançam notas 9 e são altamente demandados por atacadistas e cerealistas, chegando a R$ 320,00/saca, com firmeza nos negócios e baixo risco de queda de preço.

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No varejo, a demanda se manteve seletiva, com compras pontuais. O mercado externo, por sua vez, sustentou os preços, mesmo com volumes limitados de exportação. A combinação de dólar valorizado e oferta controlada contribuiu para manter a estabilidade das cotações, apesar do consumo interno fraco.

Oliveira descreve o cenário como um “equilíbrio tenso: preços firmes, mas giro lento; compradores cautelosos, mas vendedores resistentes em reduzir valores”.

Clima e safra das águas influenciam perspectivas

O clima continuou sendo variável-chave em outubro. Chuvas irregulares, risco de estiagem localizada e frio tardio geraram preocupação sobre a instalação das primeiras lavouras da safra das águas. Combinado ao câmbio firme, esse cenário deve sustentar os preços até dezembro, quando as primeiras colheitas poderão redefinir o equilíbrio de mercado.

Feijão preto enfrenta liquidez baixa e excesso de oferta

Diferente do carioca, o feijão preto manteve liquidez mínima e negociações quase paralisadas. Apesar do suporte cambial e aumento das exportações, o volume embarcado ainda é insuficiente para reduzir o alto nível de estoques internos.

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As cotações ficaram estáveis em termos nominais, com referências FOB entre R$ 137 e R$ 138/saca em praças como Chapecó e Ponta Grossa. Segundo Oliveira, a aparente estabilidade esconde uma pressão moderada de baixa, causada pela ausência de compradores domésticos e lentidão do varejo, que opera com estoques de passagem.

O plantio da primeira safra no Sul avança lentamente devido a frio tardio, períodos de seca e alta presença de mosca-branca, fatores que elevam custos e exigem manejo mais intenso. Isso deve resultar em forte redução de área cultivada, especialmente no Paraná e Rio Grande do Sul, atuando como fator de sustentação futura dos preços.

Exportações seguem sendo o principal suporte, com embarques crescentes para países vizinhos da América do Sul e Caribe, impulsionados pelo dólar valorizado e boa aceitação do feijão brasileiro. Entretanto, a dependência do mercado externo deixa o setor vulnerável a variações cambiais e logísticas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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