AGRONEGÓCIO

PIB-Agro/CEPEA: Produção agrícola cresce, mas queda de preço leva PIB agro a cair 3%

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O PIB do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), caiu 2,07% no quarto trimestre de 2023. Diante disso, o PIB do agronegócio fechou o ano com queda de 2,99%. Pesquisadores do Cepea/CNA destacam que, até o segundo trimestre, o agronegócio vinha se recuperando da queda observada em 2022. No entanto, as baixas consecutivas nos dois últimos trimestres reverteram a tendência positiva. Apesar disso, considerando-se o desempenho da economia brasileira como um todo, o PIB do agronegócio correspondeu por 23,8% do PIB do País.

Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, o desempenho do agronegócio foi afetado negativamente pela queda dos preços em todos os segmentos. Esse cenário só não se agravou devido à excepcional produção agrícola e ao crescimento na produção pecuária e laticínios e no volume de abates. Inclusive, estes fatores impulsionaram a demanda por insumos e agrosserviços.

No setor primário, houve reduções significativas nos preços de culturas importantes, como algodão, café, milho, soja e trigo, além de bovinos, aves e leite. Nas agroindústrias, destacam-se quedas nos preços de biocombustíveis, produtos de madeira, óleos vegetais e na indústria do café, entre outros. Já nas indústrias pecuárias, os preços mais baixos influenciaram sobretudo as indústrias de laticínios e de abate e processamento de carne e pescados.

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Pela perspectiva dos segmentos do setor, o PIB dos insumos caiu 23,57% no ano, com quedas nos ramos agrícola (-27,92%) e pecuário (-9,32%). Esse desempenho foi influenciado pela significativa diminuição do valor bruto da produção, principalmente devido à baixa nos preços dos fertilizantes, defensivos agrícolas e rações para animais.

No segmento primário, o PIB recuou 1% em 2023, sustentado pelo desempenho da agricultura, que cresceu 5,11% no ano. Pesquisadores do Cepea/CNA indicam que o avanço no primário agrícola foi impulsionado pelo aumento da produção, com safras recordes, e pela redução dos custos de produção, devido à queda nos preços dos insumos, como fertilizantes e defensivos agrícolas. Por outro lado, na pecuária houve forte redução de 10,61% no ano. Apesar do aumento na produção ao longo de 2023 e da diminuição dos custos com alimentação dos animais, atividades importantes como a produção de leite, bovinos e frangos para corte registraram consideráveis quedas nos preços.

Para o segmento agroindustrial, a baixa no ano, de 2,05%, reflete o desempenho negativo das agroindústrias de base agrícola (-3,43%), contrastando com o crescimento observado nas de base pecuária (4,07%). Na indústria agrícola, apesar dos menores custos e do aumento modesto da produção, a queda no valor da produção devido à redução nos preços exerceu pressão sobre o resultado. Já na indústria pecuária, o desempenho positivo foi principalmente atribuído à redução nos custos com insumos, em contrapartida à queda no valor da produção, influenciada pelo comportamento desfavorável dos preços.

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Quanto aos agrosserviços, a baixa no ano foi de 1,31%, pressionados pela queda de 3,24% nos agrosserviços agrícolas – os agrosserviços pecuários cresceram 4,06%. De maneira geral, esses resultados espelham as dinâmicas dos segmentos a montante, destacando especialmente os aumentos de produção dentro e fora da porteira.

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Fonte: CEPEA

Fonte: Portal do Agronegócio

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AGRONEGÓCIO

Enraizamento precoce é estratégia essencial para lavouras mais resilientes

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O desenvolvimento do sistema radicular é um dos principais fatores que influenciam a produtividade agrícola. Plantas com raízes superficiais têm menor capacidade de absorver água e nutrientes, tornando-se mais vulneráveis a estresses bióticos e abióticos, como pragas, doenças e condições climáticas adversas.

Segundo estudo da Embrapa Agrossilvipastoril (2021), cultivos com raízes profundas e ramificadas podem aumentar em até 30% a eficiência no uso da água, um diferencial crucial em períodos de déficit hídrico.

Estratégias para estimular enraizamento desde o início

Práticas que promovem germinação uniforme, bom estande de plantas e desenvolvimento radicular desde a fase inicial são cada vez mais recomendadas para tornar os cultivos mais resistentes às variações climáticas e ao ataque de pragas.

Para apoiar esse processo, a Allterra, empresa do portfólio do fundo gerido pelo Patria, lançou o Bioativador Blade. O produto atua no estabelecimento inicial das plantas — desde a germinação até a formação de plântulas —, promovendo raízes fortes e profundas, capazes de melhorar a adaptabilidade a intempéries de origem biótica e abiótica.

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O Bioativador Blade pode ser aplicado via sulco de plantio ou linha de semeadura, na fase de implantação dos cultivos, contribuindo para o equilíbrio biológico do solo e a disponibilidade de nutrientes.

Raízes fortes: “seguro climático” para a lavoura

“Raízes mais vigorosas exploram um maior volume de solo, garantindo acesso ampliado a água e nutrientes e aumentando a estabilidade da planta em situações de estresse. Esse é um passo essencial para sistemas produtivos mais eficientes e sustentáveis”, afirma Walmor Roim, gerente de marketing da Allterra.

Em um contexto de instabilidade climática, com chuvas irregulares e secas prolongadas, o desenvolvimento radicular deixa de ser apenas um diferencial agronômico e se torna uma necessidade estratégica. Raízes bem estruturadas funcionam como um verdadeiro seguro climático, mantendo a atividade da planta mesmo em períodos de estiagem e preservando o potencial produtivo da lavoura.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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