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Mercados globais de carne suína seguem instáveis diante de desafios sanitários e comerciais

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Comércio internacional de suínos sob pressão

O comércio global de carne suína continua marcado por incertezas, com negociações entre Estados Unidos e China mantendo os preços e fluxos comerciais instáveis. Segundo o Rabobank, apesar da China ter reduzido suas importações de carne suína americana nos últimos anos devido ao aumento da produção doméstica, o país segue sendo um comprador relevante de miúdos suínos dos EUA.

O desfecho dessas negociações é crucial para o comércio internacional, especialmente diante do crescimento das exportações brasileiras e do aumento, ainda que leve, dos embarques europeus em 2025, intensificando a concorrência por novos mercados.

Sanidade do rebanho é desafio global

Doenças como a peste suína africana (PSA) na Ásia e Europa, o vírus da síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos (PRRSv) na América do Norte e Espanha, e a febre aftosa continuam a impactar produtores e gerar incerteza nos mercados internacionais.

Para mitigar esses riscos, estratégias de biossegurança avançada, automação de processos e operações não tripuladas têm se tornado essenciais, especialmente em granjas comerciais de grande porte.

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Mercados de grãos influenciam a proteína animal

O setor de grãos, estreitamente ligado ao mercado de proteínas, também apresenta volatilidade. Na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho registra queda de preços, impulsionado pelas boas condições climáticas nos EUA e pela safra robusta no Brasil.

Já a soja e o farelo de soja apresentam movimentos distintos: enquanto os mandatos propostos para biocombustíveis pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) para 2026 e 2027 sustentam a demanda e os preços da soja, exercem pressão de baixa sobre o farelo, criando um cenário misto para produtores e exportadores.

Volatilidade permanece em 2025

Combinados, os fatores de comércio internacional, sanidade do rebanho e mercado de grãos indicam que a volatilidade nos mercados de carne suína e insumos agrícolas deve se manter em 2025. Produtores, exportadores e investidores precisam monitorar atentamente esses indicadores para planejar estratégias comerciais e produtivas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Global Methane Hub lança fundo de US$ 30 milhões para reduzir emissões de metano no cultivo de arroz

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Fundo global vai financiar pesquisas para reduzir metano nas lavouras de arroz

O Global Methane Hub anunciou a criação de um fundo de US$ 30 milhões destinado a acelerar o desenvolvimento de tecnologias e práticas agrícolas voltadas à redução das emissões de metano no cultivo de arroz.

A iniciativa foi apresentada durante a Global CSA Conference, realizada nesta semana em Brasília, com organização da Clim-Eat, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), do Ministério da Agricultura, Pesca, Segurança Alimentar e Natureza dos Países Baixos e da Universidade de Brasília (UnB).

Batizado de Acelerador de Inovação em Metano do Arroz, o programa tem como meta captar pelo menos US$ 100 milhões em recursos públicos e privados. O projeto já conta com o apoio de instituições internacionais como a Fundação Gates, Philanthropy Asia Alliance, Quadrature Climate Foundation e Temasek Life Sciences Laboratory.

Quatro frentes de pesquisa guiarão o desenvolvimento das soluções

O acelerador tem como objetivo ampliar as opções tecnológicas disponíveis para reduzir as emissões e melhorar a eficiência produtiva e hídrica da cultura do arroz.

Os investimentos se concentrarão em quatro áreas-chave de pesquisa:

  • Genética e fisiologia vegetal
  • Microbioma do solo
  • Agronomia
  • Medição de emissões
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A iniciativa prevê a criação de um roteiro de inovação que será lançado em 2026, com foco em desenvolver e validar soluções práticas para os diferentes sistemas de produção de arroz no mundo.

Arroz irrigado é responsável por 8% das emissões globais de metano

Atualmente, 90% das lavouras de arroz do planeta são cultivadas em áreas inundadas, condição que favorece a formação de bactérias produtoras de metano. Esse processo natural é responsável por 8% das emissões globais desse gás de efeito estufa e consome cerca de 40% de toda a água de irrigação utilizada na agricultura mundial.

Diante desse cenário, o programa tem como uma de suas prioridades estimular o cultivo de arroz aeróbico, produzido sem o alagamento das lavouras. Essa técnica, além de reduzir emissões, também diminui o consumo de água e aumenta a eficiência produtiva.

Brasil é referência em pesquisa e inovação no cultivo de arroz

O Brasil foi destacado como exemplo global na adoção de práticas sustentáveis e no desenvolvimento de tecnologias agrícolas. A Embrapa e diversas universidades brasileiras têm desempenhado papel central na pesquisa de sistemas de cultivo de arroz aeróbico de alto rendimento, integrados a rotações agrícolas economicamente viáveis e ambientalmente responsáveis.

“O Brasil está tendo grande sucesso em integrar o arroz aeróbico a sistemas de rotação, obtendo ganhos econômicos e ambientais. Isso está totalmente alinhado com a estratégia global que estamos construindo”, afirmou Hayden Montgomery, diretor do Programa de Agricultura do Global Methane Hub.

Redução do metano é essencial para segurança alimentar e ação climática

Segundo Montgomery, o metano é um gás de efeito estufa potente, mas de curta duração, e a sua redução é fundamental para conter o aquecimento global e garantir a segurança alimentar mundial.

“A transição para uma agricultura de baixas emissões é indispensável, mas ela não pode ocorrer às custas da produção de alimentos e dos meios de subsistência dos produtores”, destacou.

O novo acelerador vai complementar soluções de mitigação já existentes, como o método AWD (Alternate Wetting and Drying), desenvolvido pelo Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz (IRRI), que reduz as emissões de metano entre 30% e 70% sem comprometer a produtividade.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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