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Liquidez mínima e estabilidade de preços marcam mercado de feijão após feriado

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O mercado brasileiro de feijão carioca começou a semana com movimentação intensa, impulsionado pelas compras antecipadas devido ao feriado do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. Conforme análise de Evandro Oliveira, consultor da Safras & Mercado, grãos nota 9 foram rapidamente negociados a valores de até R$ 280,00/saca, refletindo a baixa disponibilidade de lotes de qualidade superior. As melhores amostras vieram de Minas Gerais e Goiás, enquanto feijões de São Paulo, prejudicados por chuvas, apresentaram padrão médio de nota 8,5.

“Com a proximidade do feriado, o mercado perdeu dinamismo, e os compradores reduziram a movimentação. No interior de São Paulo, estratégias de armazenamento ganharam força, com operadores apostando na valorização futura, mesmo para grãos de qualidade inferior. Isso reflete as expectativas de que a primeira safra de 2024/25 não supere significativamente a de 2023/24”, analisou Oliveira.

Disparidades regionais e resistências de compradores

Lotes de feijão nota 7,5, oferecidos a R$ 190,00/saca, atraíram mais interesse pela acessibilidade, enquanto grãos nota 8,5, cotados em torno de R$ 245,00/saca, enfrentaram resistência. Em Patos de Minas (MG), os preços variaram entre R$ 180,00 e R$ 220,00/saca FOB. Já em Barretos (SP), os valores oscilaram entre R$ 230,00 e R$ 270,00/saca, evidenciando disparidades regionais.

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Na quinta-feira, houve um encerramento antecipado das negociações, com agentes focados em estratégias para as próximas semanas. “Mesmo com ofertas de feijões nota 8,5 a R$ 235,00/saca, as transações não evoluíram. O mercado finalizou a semana com baixa liquidez, mantendo expectativas de novos estímulos”, completou o analista.

Estabilidade no mercado de feijão preto

O segmento de feijão preto apresentou estabilidade ao longo da semana, com negociações internas limitadas e demanda concentrada em feijões comerciais de qualidade razoável, cotados entre R$ 260,00 e R$ 270,00/saca. Lotes especiais atingiram R$ 280,00/saca, enquanto os melhores padrões não ultrapassaram R$ 300,00/saca na Zona Cerealista. Nas regiões produtoras, os preços variaram entre R$ 240,00 e R$ 260,00/saca.

Segundo Oliveira, a valorização cambial, com o dólar próximo a R$ 5,80 e perspectivas de ultrapassar R$ 6,00, favoreceu as exportações, aumentando a competitividade do feijão preto no mercado externo. “Esse cenário incentiva produtores a priorizarem vendas internacionais e pode expandir a área plantada com feijão preto, uma vez que a variedade carioca enfrenta demanda interna instável”, explicou.

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Safra e condições climáticas

No Paraná, o plantio da primeira safra 2024/25 alcançou 98% da área prevista, com 95% das lavouras classificadas em boas condições e 5% em estado médio, conforme relatório do Deral. Rumores de negócios pontuais em São Paulo indicaram preços de até R$ 280,00/saca para feijões de alta qualidade, enquanto lotes com maior incidência de defeitos ficaram entre R$ 240,00 e R$ 270,00/saca.

“Com o mercado interno enfraquecido e a expectativa de aumento na oferta, o setor permanece ajustado, aguardando estímulos externos e oscilações cambiais para retomar as negociações nas próximas semanas”, concluiu Oliveira.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Exportações de café ultrapassam US$ 1,28 bilhão em outubro, com alta no preço médio e queda no volume embarcado

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Faturamento com café não torrado passa de US$ 1,28 bilhão em outubro

O faturamento total das exportações de café não torrado atingiu US$ 1,285 bilhão nos 18 dias úteis de outubro de 2025, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta terça-feira (28). No mesmo período do ano anterior, o total havia sido de US$ 1,307 bilhão, considerando 22 dias úteis.

Apesar da leve redução no volume total embarcado, o desempenho médio diário apresentou crescimento expressivo. Em outubro de 2025, a receita média por dia útil foi de US$ 71,394 milhões, avanço de 20,1% em relação à média de US$ 59,447 milhões registrada em outubro de 2024.

Volume exportado cai, mas valor do grão tem forte valorização

O volume total exportado de café não torrado na quarta semana de outubro/25 foi de 199,8 mil toneladas, contra 279,2 mil toneladas no mesmo mês do ano anterior. A média diária também apresentou retração de 12,5%, passando de 12,692 mil toneladas (out/24) para 11,100 mil toneladas (out/25).

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Mesmo com a queda no volume, o preço médio do café não torrado teve alta de 37,3% em relação ao mesmo mês de 2024, passando de US$ 4.683,70 para US$ 6.431,90 por tonelada. O movimento reforça a valorização do produto brasileiro no mercado internacional, sustentada pela demanda aquecida e menor oferta global.

Café torrado e derivados também registram crescimento na receita

O desempenho positivo também foi observado nas exportações de café torrado, extratos, essências e concentrados. O volume embarcado nesses 18 dias úteis de outubro/25 somou 8,057 mil toneladas, ligeiramente abaixo das 8,681 mil toneladas embarcadas em outubro/24.

Apesar da leve queda no volume, a média diária avançou 13,4%, alcançando 447 toneladas por dia, contra 394 toneladas no mesmo período do ano anterior.

O faturamento total das exportações de café torrado e derivados chegou a US$ 99,909 milhões, superando os US$ 89,194 milhões de outubro/24. A receita média diária aumentou 36,9%, passando de US$ 4,054 milhões para US$ 5,550 milhões.

Já o preço médio de venda teve valorização de 20,7%, saltando de US$ 10.273,80 em outubro/24 para US$ 12.399,30 em outubro/25, refletindo a forte demanda internacional por cafés industrializados brasileiros, especialmente nos mercados da Europa e da Ásia.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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