AGRONEGÓCIO
Empresas do Brasil miram oportunidades no bilionário mercado de alimentos do Canadá
Publicado em
26 de abril de 2024por
Da RedaçãoO mercado de alimentos e bebidas do Canadá está vivenciando um crescimento significativo, com projeções otimistas para os próximos anos. De olho nas oportunidades, exportadores brasileiros irão integrar a comitiva organizada pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) que participará da Sial, a maior feira do setor na América do Norte, que acontecerá de 15 a 17 de maio em Montréal.
De acordo com dados copilados pela Marketline, o setor de alimentos e bebidas do Canadá movimentou US$ 101,95 bilhões em 2022 e a expectativa é atingir US$ 145,40 bilhões até o final de 2024. A taxa média de crescimento anual é de 5,41% entre 2024 e 2028 e reflete a dinâmica positiva do segmento.
A projeção para o volume de alimentos comercializados no país deve alcançar 28,53 milhões de toneladas até 2028, com um aumento de 3,8% já previsto para 2025. Este avanço é impulsionado pela diversidade de preferências alimentares dos consumidores canadenses, impactadas pela amplitude de origens dos imigrantes no país.
As tendências de consumo refletem ainda o alto poder de compra e a busca por qualidade por parte dos consumidores. Produtos que priorizam sustentabilidade e praticidade têm ganhado destaque e tendem a moldar o futuro do mercado alimentar do Canadá.
Aposta brasileira
Sorbet de açaí, chocolate, café, condimentos, polpa congelada, açúcar, energético natural, castanhas, mel e própolis, mate e probióticos, azeite de oliva, uva, limão, abacate, gengibre, suco concentrado de acerola e carne bovina são algumas das apostas de exportadores brasileiros para cativar o paladar canadense.
Esses produtos estarão presentes no pavilhão que a CCBC está organizando e integram a estratégia de fomentar negócios com compradores do mundo todo. Entre algumas empresas participantes, destaque para: Juçaí, Gaudens, ADKO Indústria, Onniprezensa, Açaí Motion, Floema, Abufari, Lamberhoney, Annora Alimentos, Fazenda Serra dos Tapes, Fazenda Domingos e Rodrigues, Farmer Agrícola, Frutas Agrivale, NutriBotanica, Flor da Aurora e Tamarindo Melo Carnes Premium, entre outras.
Do Paraná para o mundo
A Invest Paraná, agência de promoção e atração de investimentos do Governo do Estado do Paraná, é parceira da CCBC e participará pela terceira vez da Sial, além de já atuar em ações conjuntas periodicamente.
“Nós temos excelentes produtos e empresas que têm no DNA a sustentabilidade, qualidade, produtos que fazem bem à saúde e, por isso, devemos elevar cada vez mais nossa participação na Sial. A CCBC tem uma expertise grande no mercado canadense, não apenas no setor de alimentos, mas também em outros segmentos da economia… o que gera muitas oportunidades aos nossos empresários locais”, afirma Giancarlo Rocco, diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná.
A Tamarindo Melo Carnes Premium, indústria de carnes bovinas de raças e cortes nobres, é uma das empresas paranaenses que estará na Sial. Ana Carolina Melo Matos Carrara, fundadora da empresa sediada em Londrina (PR), revela que eles recentemente conseguiram certificações de exportação para o Canadá.
“Será a nossa primeira participação no evento e o pontapé inicial para o nosso processo de exportação. Identificamos que o Canadá tem um grande potencial e uma alta demanda por carne moída e, por isso, temos interesse de exportar para lá”, afirma.
A empresária destaca que a qualidade de seus produtos é o grande diferencial para a entrada no mercado internacional. “Todas as nossas carnes são premium, de raças europeias, animais precoces, além de seguirem práticas de manejo que respeitam o bem-estar animal, a sustentabilidade ambiental e o alto padrão de qualidade da carne. Nossa expectativa é iniciar as exportações ainda em 2024. Estamos indo já preparados para isso!”, enfatiza.
Ela ressaltou ainda a importância de contar com o apoio das organizações nesse processo de internacionalização. “A Invest Paraná acelerou nossos acordos de exportação e a CCBC foi vital para sentirmos a segurança necessária para executarmos a operação. Caso contrário, teríamos que aguardar entre dois ou três anos”, revela.
Nordeste também marcará presença
A NutriBotanica, empresa que atua na produção de ingredientes naturais concentrados, é especializada na produção de polpa sem o uso de substâncias contaminantes: uma tendência que está perpetuando no mercado canadense.
As fazendas da companhia possuem certificação orgânica e estão estrategicamente localizadas em áreas agrícolas nos Estados Unidos, México e Brasil. A oportunidade de exportar para o Canadá também atraiu a atenção da companhia.
Abertura de mercado e prospecção de negócios
Na edição de 2023, a Sial atraiu mais de 20 mil compradores internacionais que tiveram contato com cerca de 1 mil expositores de 44 países, com potencial para diversos segmentos, incluindo frutas, alimentos, verduras, bebidas e carnes em geral.
A iniciativa da CCBC não deve se limitar à feira em 2024. Ocorrerão também dezenas de reuniões em rodadas de negócio previamente agendadas com compradores, além de visitas técnicas e eventos de networking.
“O Canadá é considerado um grande hub e vitrine para outros mercados e a relação entre Brasil-Canadá nunca esteve tão forte como atualmente. Os números da balança comercial já mostram que o momento é oportuno para produtores brasileiros firmarem novos acordos e parcerias com compradores do exterior”, afirma Ronaldo Ramos, presidente do Conselho Executivo e diretor-presidente da CCBC.
Fonte: Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC)
Fonte: Portal do Agronegócio
AGRONEGÓCIO
Exportações mundiais de café alcançam 150 milhões de sacas no ciclo 2023-2024
Published
9 horas agoon
3 de dezembro de 2024By
Da RedaçãoAs exportações globais de café registraram um volume de 150 milhões de sacas de 60kg no período de outubro de 2023 a setembro de 2024, segundo relatório da Organização Internacional do Café (OIC). O desempenho reflete as contribuições das quatro principais regiões produtoras: América do Sul, Ásia & Oceania, África e México & América Central.
América do Sul: Líder global e destaque de crescimento
A América do Sul consolidou sua liderança, respondendo por 44% do total exportado, com 66,13 milhões de sacas, um aumento expressivo de 30,7% em relação ao ciclo anterior. O Brasil, maior exportador mundial, registrou um crescimento de 34,3%, alcançando 49,03 milhões de sacas. A Colômbia, por sua vez, exportou 11,91 milhões de sacas, um acréscimo de 13,7%. Outros países da região contribuíram com 5,19 milhões de sacas.
Ásia & Oceania: Queda impulsionada pelo Vietnã
A segunda maior região produtora, Ásia & Oceania, exportou 40,62 milhões de sacas, correspondendo a 27% do total global. Contudo, o volume representou uma redução de 6,7% em relação ao período anterior, reflexo principalmente do desempenho do Vietnã. O país, maior exportador da região, registrou queda de 11,7%, atingindo 24,96 milhões de sacas, o menor volume em uma década.
África: Avanço significativo impulsionado pela Etiópia
As exportações da África cresceram 17,3%, totalizando 16,02 milhões de sacas, o equivalente a 10,6% do mercado global. A Etiópia foi o principal destaque, com um aumento de 63,5% nas vendas, alcançando 5,59 milhões de sacas, marcando um desempenho histórico para a região.
México & América Central: Desempenho misto
A região de México & América Central, responsável por 9,6% das exportações globais, registrou uma leve queda de 4,1%, com 14,51 milhões de sacas exportadas. Honduras e Nicarágua puxaram a redução, com quedas de 12,1% e 16,5%, respectivamente. Por outro lado, Guatemala e México apresentaram avanços, mitigando parcialmente o impacto negativo, com crescimentos de 8,6% e 8,9%.
Exportações de café solúvel e grãos torrados
As exportações de café solúvel somaram 12,82 milhões de sacas, um aumento de 11,6% em comparação ao ciclo anterior, representando 8,8% do total global. Já as vendas de grãos torrados permaneceram modestas, com apenas 71 mil sacas comercializadas.
Os dados, divulgados no Relatório sobre o Mercado de Café – Outubro 2024, reforçam o impacto regional no comércio global da commodity e estão disponíveis no Observatório do Café, coordenado pela Embrapa Café. A análise também destaca o ciclo cafeeiro, que compreende o período de outubro a setembro, e reafirma a importância estratégica do café no cenário internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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