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Empresas devem economizar R$ 28 bi ao ano com reforma tributária

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A aprovação e a regulamentação da reforma tributária devem levar as empresas a economizarem R$ 28,1 bilhões por ano apenas com “redução de horas gastas para cálculo e pagamento de tributos sobre o consumo”. Pelo menos é isso o que indica o estudo realizado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), que congrega algumas das maiores companhias brasileiras e multinacionais que atuam no país, a partir de números das consultorias Endeavor e Ernst & Young (E&Y).

A reforma vai unificar cinco tributos para dois. De acordo com o projeto, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) serão unificados em uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), do Governo Federal. Já o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviços (ISS) serão unificados no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a cargo de estados e municípios.

Para Eduardo Natal, mestre em Direito Tributário pela PUC/SP e sócio do escritório Natal & Manssur, a redução de horas gastas para pagamento de tributos é bem-vinda, mas é preciso cautela nas expectativas. “Temos que lembrar que a transição para o novo sistema deverá terminar em 2033. Então, até lá, as empresas ainda terão que conviver com boa parte da burocracia fiscal atual, além das novas obrigações a partir de 2026”, lembra o tributarista.

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Países da OCDE têm uma média anual de 150 horas gastas pelas empresas para calcular e pagar seus impostos 10% menos que a média brasileira.

A reforma poderá, em uma estimativa conservadora, diminuir esse total em 600 horas, ou aproximadamente 40%. Essas horas gastas no cálculo e no pagamento custam R$ 67 bilhões anuais para as empresas. Uma redução de 42% no tempo gasto representaria uma economia de aproximadamente R$ 28,1 bilhões anuais.

Apesar desses avanços, Eduardo Natal critica algumas tributações criadas na reforma. “Pelo que se tem aprovado até o momento, a criação de contribuição sobre produtos primários e semielaborados em favor das competências dos Estados e do Distrito Federal é um retrocesso que merece ser retirado do texto final. Se aprovada, essa arcaica forma de tributação acarretará a cumulatividade na cadeia produtiva de diversos itens produzidos no país”, argumenta Natal.

Eduardo Natal, sócio do escritório Natal & Manssur, mestre em Direito Tributário pela PUC/SP, conselheiro da Associação Brasileira da Advocacia Tributária (ABAT), membro da Academia Brasileira de Direito Tributário (ABDT).

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Fonte: M2 Comunicação Jurídica

Fonte: Portal do Agronegócio

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Exportações de café ultrapassam US$ 1,28 bilhão em outubro, com alta no preço médio e queda no volume embarcado

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Faturamento com café não torrado passa de US$ 1,28 bilhão em outubro

O faturamento total das exportações de café não torrado atingiu US$ 1,285 bilhão nos 18 dias úteis de outubro de 2025, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta terça-feira (28). No mesmo período do ano anterior, o total havia sido de US$ 1,307 bilhão, considerando 22 dias úteis.

Apesar da leve redução no volume total embarcado, o desempenho médio diário apresentou crescimento expressivo. Em outubro de 2025, a receita média por dia útil foi de US$ 71,394 milhões, avanço de 20,1% em relação à média de US$ 59,447 milhões registrada em outubro de 2024.

Volume exportado cai, mas valor do grão tem forte valorização

O volume total exportado de café não torrado na quarta semana de outubro/25 foi de 199,8 mil toneladas, contra 279,2 mil toneladas no mesmo mês do ano anterior. A média diária também apresentou retração de 12,5%, passando de 12,692 mil toneladas (out/24) para 11,100 mil toneladas (out/25).

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Mesmo com a queda no volume, o preço médio do café não torrado teve alta de 37,3% em relação ao mesmo mês de 2024, passando de US$ 4.683,70 para US$ 6.431,90 por tonelada. O movimento reforça a valorização do produto brasileiro no mercado internacional, sustentada pela demanda aquecida e menor oferta global.

Café torrado e derivados também registram crescimento na receita

O desempenho positivo também foi observado nas exportações de café torrado, extratos, essências e concentrados. O volume embarcado nesses 18 dias úteis de outubro/25 somou 8,057 mil toneladas, ligeiramente abaixo das 8,681 mil toneladas embarcadas em outubro/24.

Apesar da leve queda no volume, a média diária avançou 13,4%, alcançando 447 toneladas por dia, contra 394 toneladas no mesmo período do ano anterior.

O faturamento total das exportações de café torrado e derivados chegou a US$ 99,909 milhões, superando os US$ 89,194 milhões de outubro/24. A receita média diária aumentou 36,9%, passando de US$ 4,054 milhões para US$ 5,550 milhões.

Já o preço médio de venda teve valorização de 20,7%, saltando de US$ 10.273,80 em outubro/24 para US$ 12.399,30 em outubro/25, refletindo a forte demanda internacional por cafés industrializados brasileiros, especialmente nos mercados da Europa e da Ásia.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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