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Copom mantém Selic em 15% e sinaliza juros altos por período prolongado para controlar a inflação

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O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, nível mais alto em quase duas décadas. Segundo a ata da última reunião, realizada nos dias 16 e 17 de julho, o colegiado considera que, após uma forte elevação dos juros, é hora de avaliar os impactos acumulados das medidas já tomadas.

De acordo com o documento, o Copom inicia um “novo estágio”, no qual os juros permanecerão inalterados por um período bastante prolongado, até que se confirme a convergência da inflação para a meta.

Inflação segue pressionada, apesar da queda do dólar

O Banco Central destacou que a recente valorização do real frente ao dólar tem efeito positivo sobre a inflação, ao baratear importações e reduzir custos de produtos atrelados à moeda americana, como alimentos. No entanto, ressaltou que os núcleos de inflação permanecem acima do nível compatível com a meta.

O Copom alertou ainda para a resiliência da inflação de serviços, sustentada por um mercado de trabalho aquecido, mesmo em um cenário de moderação gradual da atividade econômica.

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Projeções continuam acima da meta

As expectativas de inflação para os próximos anos seguem acima da meta de 3%, definida pelo sistema de metas contínuas vigente desde 2025.

Segundo o Boletim Focus, a projeção é de 4,83% para 2025, 4,29% para 2026, 3,9% para 2027 e 3,7% para 2028, todas acima do objetivo central. Em junho, a inflação acumulada superou a meta por seis meses consecutivos, o que obrigou o Banco Central a divulgar uma carta explicando os motivos.

O BC reforçou que a “reancoragem” das expectativas exige perseverança e firmeza na condução da política monetária.

Cenário externo impõe cautela

No ambiente internacional, a conjuntura segue marcada por incertezas ligadas à política econômica dos Estados Unidos, ao ritmo de crescimento da maior economia do mundo e aos efeitos de tarifas comerciais sobre a inflação americana.

Essa volatilidade, segundo o Copom, tem impacto direto sobre ativos financeiros e exige cautela redobrada de economias emergentes, especialmente em um quadro de tensões geopolíticas.

Compromisso com o controle da inflação

Apesar de reconhecer a queda gradual da inflação corrente e alguma redução das expectativas, o Banco Central afirmou que manterá postura vigilante. O Copom não descarta retomar o ciclo de alta de juros, caso considere necessário, reafirmando seu compromisso de trazer a inflação para dentro da meta.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Exportações de café ultrapassam US$ 1,28 bilhão em outubro, com alta no preço médio e queda no volume embarcado

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Faturamento com café não torrado passa de US$ 1,28 bilhão em outubro

O faturamento total das exportações de café não torrado atingiu US$ 1,285 bilhão nos 18 dias úteis de outubro de 2025, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta terça-feira (28). No mesmo período do ano anterior, o total havia sido de US$ 1,307 bilhão, considerando 22 dias úteis.

Apesar da leve redução no volume total embarcado, o desempenho médio diário apresentou crescimento expressivo. Em outubro de 2025, a receita média por dia útil foi de US$ 71,394 milhões, avanço de 20,1% em relação à média de US$ 59,447 milhões registrada em outubro de 2024.

Volume exportado cai, mas valor do grão tem forte valorização

O volume total exportado de café não torrado na quarta semana de outubro/25 foi de 199,8 mil toneladas, contra 279,2 mil toneladas no mesmo mês do ano anterior. A média diária também apresentou retração de 12,5%, passando de 12,692 mil toneladas (out/24) para 11,100 mil toneladas (out/25).

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Mesmo com a queda no volume, o preço médio do café não torrado teve alta de 37,3% em relação ao mesmo mês de 2024, passando de US$ 4.683,70 para US$ 6.431,90 por tonelada. O movimento reforça a valorização do produto brasileiro no mercado internacional, sustentada pela demanda aquecida e menor oferta global.

Café torrado e derivados também registram crescimento na receita

O desempenho positivo também foi observado nas exportações de café torrado, extratos, essências e concentrados. O volume embarcado nesses 18 dias úteis de outubro/25 somou 8,057 mil toneladas, ligeiramente abaixo das 8,681 mil toneladas embarcadas em outubro/24.

Apesar da leve queda no volume, a média diária avançou 13,4%, alcançando 447 toneladas por dia, contra 394 toneladas no mesmo período do ano anterior.

O faturamento total das exportações de café torrado e derivados chegou a US$ 99,909 milhões, superando os US$ 89,194 milhões de outubro/24. A receita média diária aumentou 36,9%, passando de US$ 4,054 milhões para US$ 5,550 milhões.

Já o preço médio de venda teve valorização de 20,7%, saltando de US$ 10.273,80 em outubro/24 para US$ 12.399,30 em outubro/25, refletindo a forte demanda internacional por cafés industrializados brasileiros, especialmente nos mercados da Europa e da Ásia.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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