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Brasil desponta no cenário agropecuário internacional: Oportunidades e inovações

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Especialistas e executivos agrícolas de diversos países reuniram-se na China para discutir tendências do setor, novas tecnologias de proteção de plantas e a cadeia de suprimentos de pesticidas. O Brasil foi um dos destaques, reconhecido por seu potencial de produção.

Nas últimas décadas, o agronegócio brasileiro se consolidou como um dos principais do mundo, posicionando o país como um dos maiores produtores de alimentos. Com uma população global projetada para atingir 9,7 bilhões de pessoas até 2050, segundo a ONU, a demanda por alimentos cultivados em solo brasileiro deve crescer significativamente. Esse protagonismo tem atraído o interesse do mercado internacional, sendo tema de discussões em várias partes do mundo.

Entre as multinacionais interessadas neste promissor mercado está o Grupo Alemão DVA. A empresa, que havia interrompido suas operações no Brasil em 2015, retornou em 2021 com a marca Agroallianz, focando em soluções especializadas e tecnologias para fertilizantes e adjuvantes. João Aleixo, CEO da DVA Agro, falou sobre a expansão da empresa no mercado brasileiro durante o Workshop de Exportação de Pesticidas da China 2024 (CPEW), evento que reuniu mais de 500 executivos em Hangzhou, Zhejiang.

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João Aleixo destacou que o retorno da DVA ao Brasil é um marco estratégico, reforçado pela construção de uma nova fábrica em Indaiatuba, São Paulo. Este investimento de mais de US$ 80 milhões, globalmente alocado em linhas como INCENTIA (bioestimulantes e fertilizantes), ADYUVIA (adjuvantes) e ESENCYS (biológicos), busca atender às demandas dos agricultores com um portfólio diversificado de produtos inovadores.

Atualmente, o Grupo DVA está presente em 53 países, com escritórios ou fábricas em 17 deles. A empresa emprega pessoas de mais de 35 nacionalidades e, com a nova fábrica no Brasil, planeja atender a 90% das necessidades dos agricultores até 2027. “Se o agricultor precisar de 10 produtos, teremos nove para fornecer. Poucas empresas têm esse potencial, e estamos prontos para atender”, afirmou Aleixo. Com mais de 800 registros na linha de Crop Protection Global, a DVA reinveste cerca de 3,5% de seu faturamento em Pesquisa e Desenvolvimento, possibilitando o lançamento de 9 a 12 produtos novos por ano. “Nosso modelo de negócio é baseado na consistência, estando próximos dos produtores, ouvindo suas necessidades e desenvolvendo soluções que geram valor para eles”, concluiu Aleixo.

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O Evento CPEW

O CPEW é um evento agrícola global de destaque, que ao longo de oito anos tem ganhado crescente influência. Ele reúne especialistas e executivos agrícolas de todo o mundo para discutir as últimas tendências do setor, incluindo tecnologias de proteção de plantas e a cadeia de suprimentos de pesticidas da China. O evento contou com a participação de mais de 500 empresas multinacionais e chinesas/indianas de pesticidas, além de mais de 100 distribuidores globais de mais de 50 países.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Global Methane Hub lança fundo de US$ 30 milhões para reduzir emissões de metano no cultivo de arroz

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Fundo global vai financiar pesquisas para reduzir metano nas lavouras de arroz

O Global Methane Hub anunciou a criação de um fundo de US$ 30 milhões destinado a acelerar o desenvolvimento de tecnologias e práticas agrícolas voltadas à redução das emissões de metano no cultivo de arroz.

A iniciativa foi apresentada durante a Global CSA Conference, realizada nesta semana em Brasília, com organização da Clim-Eat, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), do Ministério da Agricultura, Pesca, Segurança Alimentar e Natureza dos Países Baixos e da Universidade de Brasília (UnB).

Batizado de Acelerador de Inovação em Metano do Arroz, o programa tem como meta captar pelo menos US$ 100 milhões em recursos públicos e privados. O projeto já conta com o apoio de instituições internacionais como a Fundação Gates, Philanthropy Asia Alliance, Quadrature Climate Foundation e Temasek Life Sciences Laboratory.

Quatro frentes de pesquisa guiarão o desenvolvimento das soluções

O acelerador tem como objetivo ampliar as opções tecnológicas disponíveis para reduzir as emissões e melhorar a eficiência produtiva e hídrica da cultura do arroz.

Os investimentos se concentrarão em quatro áreas-chave de pesquisa:

  • Genética e fisiologia vegetal
  • Microbioma do solo
  • Agronomia
  • Medição de emissões
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A iniciativa prevê a criação de um roteiro de inovação que será lançado em 2026, com foco em desenvolver e validar soluções práticas para os diferentes sistemas de produção de arroz no mundo.

Arroz irrigado é responsável por 8% das emissões globais de metano

Atualmente, 90% das lavouras de arroz do planeta são cultivadas em áreas inundadas, condição que favorece a formação de bactérias produtoras de metano. Esse processo natural é responsável por 8% das emissões globais desse gás de efeito estufa e consome cerca de 40% de toda a água de irrigação utilizada na agricultura mundial.

Diante desse cenário, o programa tem como uma de suas prioridades estimular o cultivo de arroz aeróbico, produzido sem o alagamento das lavouras. Essa técnica, além de reduzir emissões, também diminui o consumo de água e aumenta a eficiência produtiva.

Brasil é referência em pesquisa e inovação no cultivo de arroz

O Brasil foi destacado como exemplo global na adoção de práticas sustentáveis e no desenvolvimento de tecnologias agrícolas. A Embrapa e diversas universidades brasileiras têm desempenhado papel central na pesquisa de sistemas de cultivo de arroz aeróbico de alto rendimento, integrados a rotações agrícolas economicamente viáveis e ambientalmente responsáveis.

“O Brasil está tendo grande sucesso em integrar o arroz aeróbico a sistemas de rotação, obtendo ganhos econômicos e ambientais. Isso está totalmente alinhado com a estratégia global que estamos construindo”, afirmou Hayden Montgomery, diretor do Programa de Agricultura do Global Methane Hub.

Redução do metano é essencial para segurança alimentar e ação climática

Segundo Montgomery, o metano é um gás de efeito estufa potente, mas de curta duração, e a sua redução é fundamental para conter o aquecimento global e garantir a segurança alimentar mundial.

“A transição para uma agricultura de baixas emissões é indispensável, mas ela não pode ocorrer às custas da produção de alimentos e dos meios de subsistência dos produtores”, destacou.

O novo acelerador vai complementar soluções de mitigação já existentes, como o método AWD (Alternate Wetting and Drying), desenvolvido pelo Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz (IRRI), que reduz as emissões de metano entre 30% e 70% sem comprometer a produtividade.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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