AGRONEGÓCIO

Bioma revoluciona mercado de bioinsumos com tecnologia inovadora para fixação de nitrogênio no milho

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Referência no Brasil em tecnologias microbiológicas para o agronegócio, a Bioma dá um novo passo rumo à inovação com o lançamento de um ativo biológico que pode elevar significativamente a produtividade da cultura do milho. Trata-se da HM053, uma nova cepa da bactéria Azospirillum brasilense, microrganismo fixador de nitrogênio. A Bioma é a primeira empresa a obter registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a distribuição comercial do Bioma Mais Energy na cultura do milho.

A inovação é fruto de mais de 35 anos de pesquisa conduzida por dezenas de cientistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que firmou parceria com a Bioma para desenvolver e escalar a produção e comercialização da nova cepa. De acordo com Márcio Araújo, diretor comercial da Bioma, “a companhia estabeleceu um processo inovador de produção e formulação da nova estirpe (HM053), conferindo ao Bioma Mais Energy maior resistência, concentração e viabilidade celular, resultando em um produto de alta performance”.

O pesquisador Emanuel Maltempi de Souza, da UFPR, destaca a relevância da descoberta: “Essa é a solução mais inovadora e impactante da última década para a cultura do milho”. Um estudo publicado na revista científica Plant Soil mostrou que a HM053 gerou aumentos de produtividade de até 28%, com uma média de 14,1% de incremento. Quando comparada a cepas tradicionais, como a Ab-V5, a nova cepa apresentou desempenho superior, evidenciando seu potencial.

Um marco para a agricultura sustentável

A Bioma e a UFPR consideram o registro da HM053 um marco para o agronegócio brasileiro. O milho é essencial para a alimentação humana, a produção de ração animal e para diversas indústrias, além de ser um dos principais produtos de exportação do Brasil, impactando positivamente a balança comercial do país.

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Atualmente, estima-se que aproximadamente 8,4 milhões de hectares cultivados com milho no Brasil já utilizem inoculantes de cepas tradicionais, abrangendo 40% da área total destinada à cultura. Com a introdução do Bioma Mais Energy, os agricultores poderão combiná-lo aos fertilizantes convencionais, garantindo um produto de alto valor biológico, eficiência comprovada e registro oficial do Mapa.

Segundo o engenheiro agrônomo Bruno Agostini Colman, gerente de desenvolvimento de mercado da Bioma, “a indústria avançou muito em tecnologias para fixação de nitrogênio na cultura do milho na última década, mas ainda havia espaço para melhorias. A parceria com a UFPR e a obtenção do registro permitirão uma escala de distribuição capaz de transformar a produção de milho no Brasil e no mundo”. Colman ressalta ainda que a inovação possui grande potencial de expansão global, especialmente devido aos seus benefícios sustentáveis.

Tecnologia nacional a serviço do agro

Embora o nitrogênio (N2) componha 78% da atmosfera, plantas e animais não conseguem utilizá-lo diretamente como nutriente, ao contrário das bactérias. Esses microrganismos transformam a molécula de nitrogênio em amônio, um composto assimilável pelas plantas. A inoculação nitrogenada com bactérias fixadoras permite que o amônio seja produzido diretamente nas raízes, promovendo maior produtividade e vigor às culturas agrícolas.

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Desde a década de 1970, o Brasil pesquisa a bactéria Azospirillum, graças ao trabalho pioneiro da pesquisadora da Embrapa Johanna Döbereiner, que demonstrou a capacidade dessas bactérias de fixar biologicamente o nitrogênio em associação com gramíneas. Em 1987, os pesquisadores Fábio de Oliveira Pedrosa e Hidevaldo Bueno Machado, da UFPR, selecionaram cepas com elevada capacidade de fixação de nitrogênio e excreção de amônio, beneficiando diretamente as plantas.

A resposta para o mecanismo de liberação de amônio veio no início dos anos 2000, quando pesquisadores da UFPR, incluindo Emanuel Maltempi de Souza, sequenciaram o genoma do Azospirillum. Em parceria com cientistas dos Estados Unidos, a universidade demonstrou, por meio do uso de isótopos de nitrogênio-13, que a bactéria não apenas fixava nitrogênio, mas o exportava para a planta na quantidade exata necessária para seu crescimento. Essa descoberta consolidou a ligação entre a pesquisa acadêmica e a aplicação prática no campo.

Com a aprovação inédita do Mapa para a cultura do milho, a Bioma reforça seu papel na vanguarda da inovação agrícola, garantindo que a tecnologia desenvolvida em laboratório se traduza em ganhos reais para os produtores e para a economia nacional. “O registro do Bioma Mais Energy comprova que os resultados obtidos em pesquisa são replicáveis na prática, proporcionando maior rentabilidade aos agricultores e fortalecendo o setor”, conclui Márcio Araújo, diretor comercial da Bioma.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de arroz no Rio Grande do Sul enfrenta forte pressão de preços e custos

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O mercado gaúcho de arroz passa por um dos períodos mais críticos dos últimos anos, marcado por forte desequilíbrio entre custo de produção e preço de venda. Segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira, “as cotações seguem em trajetória de queda acentuada, com recuos expressivos e generalizados em todas as regiões produtoras do estado”.

Estoques altos e competição internacional pressionam preços

A situação do setor é agravada pela combinação de fatores como:

  • Estoques elevados;
  • Retração da demanda;
  • Concorrência do arroz paraguaio;
  • Custos de produção ainda altos.

Essa conjuntura tem comprimido as margens de lucro e gerado perdas profundas e disseminadas entre os produtores gaúchos. “As reduções de preço em 12 meses superam 50% em praticamente todas as praças do Rio Grande do Sul”, destaca Oliveira.

Regiões com maiores quedas de preço

As maiores desvalorizações anuais foram registradas na Planície Costeira Externa, com queda de -53,11%, seguida por regiões tradicionais como:

  • São Borja: -52,01%
  • Uruguaiana: -51,60%
  • Jaguarão: -51,60%
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No comparativo mensal, a retração varia entre 8% e 15%, com destaque negativo para a Planície Costeira Externa (-14,71%), São Borja (-13,18%), Uruguaiana e Itaqui (-11,81%), Santa Maria (-10,74%) e Alegrete (-10,94%).

Plantio da safra 2025/2026 avança apesar da crise

Enquanto o setor enfrenta baixa liquidez e pressão de preços, o plantio da safra 2025/2026 no Rio Grande do Sul segue de forma gradual, porém consistente, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA).

A cobertura da área de intenção de plantio já ultrapassa 38%, com destaque para:

  • Zona Sul: 83,25% implantada (~130,3 mil ha)
  • Planície Costeira Interna: 34,85%
  • Fronteira Oeste: 34,39%
  • Campanha: 29,22%

Regiões mais afetadas por umidade excessiva e menor infraestrutura, como Planície Costeira Externa (21,97%) e Região Central (13,99%), permanecem mais atrasadas.

Preço da saca registra nova baixa

A média da saca de 50 kg de arroz (58/62% grãos inteiros, pagamento à vista) no Rio Grande do Sul encerrou a quinta-feira cotada a R$ 57,42, queda de 2,13% em relação à semana anterior.

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Na comparação com períodos anteriores:

  • Em relação ao mês passado: baixa de 10,71%
  • Em relação a 2024: desvalorização de 50,75%

O cenário evidencia um mercado pressionado e de baixa rentabilidade, exigindo atenção redobrada dos produtores.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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