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ABIC lança categoria Especial em seu programa de certificação

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A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) lançará, durante a Semana Internacional do Café (SIC), a categoria Especial para café torrado em seu Programa de Qualidade do Café (PQC). A iniciativa, inédita, é um gesto que reflete o comprometimento da entidade com a percepção do consumidor e com a evolução do mercado. A introdução do Selo Especial para cafés torrados marca uma estratégia da ABIC para assegurar e expandir a oferta de produtos diferenciados, promovendo qualidade e valor agregado em resposta à crescente demanda dos consumidores brasileiros por experiências sensoriais únicas.

Celírio Inácio, Diretor Executivo da ABIC, explica a motivação por trás da novidade: “A Associação sempre se preocupou em estar mais próxima do modo como o consumidor percebe o café; é ele quem dita os rumos e tendências do mercado. Essa mudança é um passo para estarmos em sintonia com os amantes de café do país, assim como as transformações do mercado”. Mais que isso, ABIC busca com isso fomentar ainda mais a dedicação da indústria cafeeira à qualidade, convidando seus associados a ampliarem seus portfólios, oferecendo uma diversidade de escolhas ao apreciador.

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A ABIC realizou pesquisa com mais de 500 consumidores em diversos estados brasileiros, quando foi verificado o entendimento desse estilo junto ao consumidor, o que tornou a atualização necessária.

Vale lembrar que o Programa de Qualidade de Café da ABIC já passou com diversas atualizações, desde sua criação em 1989, quando foi lançado o Selo de Pureza, que viria a revolucionar o mercado, contribuindo com a melhora da qualidade e a ampliação do consumo no Brasil.

Critérios para além do sensorial

A novidade conta com parceria da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), que participará do processo de classificação da matéria-prima. Para ser enquadrado como Especial, o café será avaliado para além dos seus atributos sensoriais.

A BSCA analisará o café cru pelo seu próprio protocolo. Uma vez validado, apresentando nota acima de 80 pontos, a indústria irá produzir o café torrado, que será enviado para avaliação conforme o Protocolo Brasileiro de Avaliação Sensorial de Cafés Torrados da ABIC. Pelo Protocolo ABIC, será classificado como Especial o café que apresentar alta doçura, baixo amargor e alta qualidade de acidez, além de notas intensas de florais, frutados e baunilha, promovendo uma experiência sensorial complexa para o consumidor. Podendo ser da espécie arábica, da espécie canéfora ou blend das duas espécies.

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Somado a isso, o café também deve comprovar sua sustentabilidade e rastreabilidade desde a fazenda até o produto final. A iniciativa reforça o compromisso da ABIC em valorizar toda a cadeia produtiva, da fazenda até a xícara, e destaca a importância de práticas responsáveis e transparentes na indústria cafeeira.

Todo esse processo é feito observando o público, conforme aponta Inácio: “É importante mostrar a grande variedade de produtos de alta qualidade a ser ofertado ao consumidor e, também, oferecer garantias quanto à qualidade, sustentabilidade e rastreabilidade.”

A categoria faz parte do Novo Protocolo Brasileiro de Avaliação Sensorial de Cafés Torrados, no qual a Associação avalia os cafés após a torra, considerando as peculiaridades dessa fase da jornada do produto, e buscando priorizar as experiências sensoriais promovidas por cada categoria de café. “As categorias passam a ser chamadas de “estilos de bebida”, o que promove um maior entendimento sobre a diversidade de produtos no mercado e respeitando as escolhas do consumidor.”

Fonte: ABIC

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de feijão mantém preços firmes em outubro com oferta controlada e demanda cautelosa

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Mercado de feijão mantém preços firmes em outubro com oferta controlada e demanda cautelosa

O mercado brasileiro de feijão apresentou comportamento distinto em outubro, com diferenças marcantes entre os tipos carioca e preto. Enquanto o feijão carioca registrou estabilidade com leve tendência de alta, o feijão preto sofreu com liquidez baixa e estoques elevados. As condições de oferta, demanda e clima foram determinantes para o cenário atual, segundo o analista da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Feijão carioca: equilíbrio tenso com preços sustentados

Após período de liquidez restrita e demanda enfraquecida, o feijão carioca avançou em outubro com uma recuperação técnica consolidada. Segundo Evandro Oliveira, a oferta segue controlada, majoritariamente formada por sobras de armazém e cargas pontuais de Minas Gerais e Goiás, muitas retidas pelos produtores à espera de melhores condições comerciais.

“A disponibilidade atual é formada, em grande parte, por sobras de armazém e cargas pontuais, muitas delas retidas pelos produtores”, afirmou o analista.

A qualidade do produto segue como fator decisivo nas negociações. Enquanto alguns lotes apresentam problemas de umidade e ressecamento, outros, como o tipo Dama, alcançam notas 9 e são altamente demandados por atacadistas e cerealistas, chegando a R$ 320,00/saca, com firmeza nos negócios e baixo risco de queda de preço.

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No varejo, a demanda se manteve seletiva, com compras pontuais. O mercado externo, por sua vez, sustentou os preços, mesmo com volumes limitados de exportação. A combinação de dólar valorizado e oferta controlada contribuiu para manter a estabilidade das cotações, apesar do consumo interno fraco.

Oliveira descreve o cenário como um “equilíbrio tenso: preços firmes, mas giro lento; compradores cautelosos, mas vendedores resistentes em reduzir valores”.

Clima e safra das águas influenciam perspectivas

O clima continuou sendo variável-chave em outubro. Chuvas irregulares, risco de estiagem localizada e frio tardio geraram preocupação sobre a instalação das primeiras lavouras da safra das águas. Combinado ao câmbio firme, esse cenário deve sustentar os preços até dezembro, quando as primeiras colheitas poderão redefinir o equilíbrio de mercado.

Feijão preto enfrenta liquidez baixa e excesso de oferta

Diferente do carioca, o feijão preto manteve liquidez mínima e negociações quase paralisadas. Apesar do suporte cambial e aumento das exportações, o volume embarcado ainda é insuficiente para reduzir o alto nível de estoques internos.

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As cotações ficaram estáveis em termos nominais, com referências FOB entre R$ 137 e R$ 138/saca em praças como Chapecó e Ponta Grossa. Segundo Oliveira, a aparente estabilidade esconde uma pressão moderada de baixa, causada pela ausência de compradores domésticos e lentidão do varejo, que opera com estoques de passagem.

O plantio da primeira safra no Sul avança lentamente devido a frio tardio, períodos de seca e alta presença de mosca-branca, fatores que elevam custos e exigem manejo mais intenso. Isso deve resultar em forte redução de área cultivada, especialmente no Paraná e Rio Grande do Sul, atuando como fator de sustentação futura dos preços.

Exportações seguem sendo o principal suporte, com embarques crescentes para países vizinhos da América do Sul e Caribe, impulsionados pelo dólar valorizado e boa aceitação do feijão brasileiro. Entretanto, a dependência do mercado externo deixa o setor vulnerável a variações cambiais e logísticas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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